Os diferenciais de base das principais praças pecuárias alongaram em
relação ao estado de São Paulo. Segundo o Sócio da Radar Investimentos, Douglas
Coelho, o percentual está em dois dígitos em quase todas as praças, menos o
triângulo mineiro. Atualmente, temos um diferencial de base para Campo
Grande/MS ao redor de 12,5% e Dourados está em torno de 13%, na qual podemos
perceber que a oferta de animais já ficou mais confortável”, relata.
Com a queda nas temperaturas nas últimas semanas, o pecuarista está com
dificuldades em manter os animais nos pastos. “A entrada de animais pode ter
ser observada em outras praças pecuárias, enquanto, em São Paulo segue
relativamente estável. O mercado é bem dinâmico e precisa ser acompanhado no
dia-a-dia”, destacou.
Do lado da demanda interna, o consultor ressalta que o consumo segue
sustentado e não ocorreram quedas drásticas de preços. “Houve um pequeno recuo,
mas é algo natural para o período do mês que estamos passando. O consumo
interno está mais retraído se comparado com as compras externas”, disse Coelho.
Por outro lado, os envios de carne bovina in natura podem alcançar um
bom patamar exportado neste mês de maio. “As projeções indicam que o volume
exportado fique em torno de 153 mil toneladas, com um incremento de 30% se
comparado ao mês de abril e de 25,7% frente ao ano anterior”, comenta.
Nesta segunda-feira (26), o Ministério da Agricultura informou que a
Tailândia habilitou cinco frigoríficos brasileiros a exportar carne bovina com
osso, carnes desossados e miúdos comestíveis de bovino do Brasil. “O mercado
externo deve ser um forte pilar de escoamento da carne no segundo semestre e
podemos ter um desempenho melhor do que 2019. Estamos muito confiantes”,
reforça.
Coelho explica que o preço médio da carne bovina está cotado em R$ 25
mil por tonelada, isso representa uma alta de quase 7,94% contra o mês passado
e de 62,13% frente ao ano anterior. “Isso é um ótimo resultado e alimenta essa
competição para quem atua neste mercado, por isso que algumas indústrias estão
pagando para o boi China acima de R$ 200,00/@ para preencherem as escalas de
abate”, aponta.
Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas