Uma das maiores personalidades do meio empresarial e de
negócios o Dr. Roberto Paranhos do Rio Branco falou com exclusividade aos
ouvintes da Radcom Líder FM 98.7. Formado em Administração de Empresas pela FGV
Faculdade Getúlio Vargas com grande experiência de negociação nos Estados
Unidos da América do Norte, Europa, Ásia, fortemente no Japão, Américas do Sul e Central, e boa
experiência no Oriente Médio, África e
Canadá ao longo da vida profissional. Lutou pelas causas na vida estudantil,
questões da Amazônia, Zona Franca de Manaus e nas causas das comunidades mais
pobres, ribeirinhos, e principalmente pelos índios para terem um atendimento
mais adequado e o respeito que merecem. Atuou fortemente no campo dos negócios,
em alguns setores do governo de SP, atualmente atua junto ao Governo Federal
esteve recentemente na India participando das negociações na busca da abertura
do comércio com o Oriente Médio. Dr. Roberto Paranhos também atuou fortemente
no setor de indústria na zona Franca de Manaus sua família é pioneira desde
1958 no Vale do Araguaia em São Miguel do Araguaia, desde essa ocasião pode
conviver com tribos indígenas da Ilha do Bananal uma condição de muito
respeito, amizade e admiração. E a
partir daí justamente passou a ter um interesse maior para que os índios não vivessem na miséria, hoje a Funai está em
boas mãos um tempo atrás a Funai e as Ongs praticamente não ajudavam os índios. Na busca do desenvolvimento da Amazônia
Legal, presidiu a Associação dos Empresários da Amazônia atuou no agronegócio
que no mínimo nos últimos 25 a 30 anos vem sustentando esse país. Dentro desse
quadro vimos injustiças, deslocando pioneiros que foram para certas regiões e
que depois por outros interesses de influências de Ongs e outros interesses
internacionais expulsando essa gente tirando deles esse direito do mínimo de
sobrevivência. Por muitos anos até estimulados, nas áreas de matas derrubar até
50 % mais tarde mudaram a lei podendo
derrubar só 20 % . Segundo o ex ministro Pedro Malan prever o futuro é muito
difícil mas muito mais difícil é prever o passado. Na verdade quem conhece a
Amazônia, ela tem mais de 38 ecossistemas, todos diferentes, muitos são falhos, cerrado, mas devemos preservar. No caso do amigo João Gessi pioneiro no Pará,
que morou em Tucumã no sul do Pará nós
presenciamos a melhoria de alguns indígenas que puderam estudar, no caso os
Parecis no Mato Grosso, outros em Rondônia. A maior reserva indígena que é os
Kayapós referência nacional, agora com nosso apoio criaram a Cooperativa dos
Kayapós para tratar daquilo que eles
querem, que é o seu desenvolvimento,
voltar a ter recursos próprios não com a esmola e com a miséria que uns e
outros dão principalmente a própria FUNAI e sim eles ter recursos para poder
ter e desenvolver a sua saúde e educação. Essa expressão errônea de povos indígenas,
que de fato aquilo que Orlando de Vilas
Boas falava o índio que puder estar longe da civilização dentro da sua cultura
até deve ser feliz dentro daquele ambiente.
Agora na hora que começa a aculturar então tem que se fazer a integração
definitiva e que eles tenham o pleno direito de usufruir daquilo que o mundo
moderno pode oferecer. É discutível se a vida que temos é melhor ou pior, mas o
fato é que o mundo caminhou por esse lado, então a nossa luta com os Caciques
que são mais de 54 com suas aldeias e
temos tido um grande contato eu, Gessi, Sérgio Reis vários companheiros,
Mizael, vereadora Zulene o Mauri da AEON estão lutando para que de fato, é
necessário rever vários conceitos, para que eles possam usar aquilo que é seu,
suas áreas, suas reservas. Em breve várias lideranças kayapós irão a Brasília com o General Deputado
Peternelli , generais Mourão e Heleno na ida recente ao Congresso o General
Peternelli com sua vasta documentação mostrou que os índios podem fazer tudo
menos por enquanto a mineração, seja madeira, reflorestamento sustentável,
agronegócio, soja com tecnologia, ter sua PSH gerar sua energia e vender o
excesso, enfim todas as vocações, naturalmente sempre respeitando o Meio Ambiente
buscando a sustentabilidade. Ninguém propõe para destruir tudo isso, a verdade
é que pode tudo ser bem feito e dentro
daquilo que o Brasil pode oferecer, outros países como é dito e é verdadeiro
destruíram grande parte daquilo que tinham e hoje querem dar lições ao Brasil. Na verdade é realmente um interesse econômico
porque desde que se fez anos atrás o Projeto Sivam um levantamento da Amazônia é
a maior província mineral do mundo. Colocaram o Brasil nessa situação de
constrangimento mais é injusto porque a realidade é que somos detentores de
60% da Amazônia e 40 % pertencem aos
nossos países vizinhos inclusive como estão fazendo alguns deles poluindo as
nascentes da bacia amazônica e destruindo numa escala muito maior, suas
florestas, temos que ter uma discussão em um nível muito elevado, levado as
populações e outros países. Frequentemente
estão usando isso por interesses comerciais para impedir que a gente tenha
legitimamente como temos essa liderança nessa área de pecuária bovina,
proteínas animais e vegetais, a vocação natural que nós temos nessas regiões da
Amazônia com manejo florestal adequado,
com o próprio Cacau, Castanha do Pará, Açaí, Baunilha e outros. Hoje com todo conhecimento que os índios tem com
medicamento natural e que toda hora o pessoal de fora vem aqui para roubar. Uma
luta também é a regulamentação do garimpo pelo Congresso Nacional. Agora foi criada a Cooperativa que fará tudo
de forma correta. Outra coisa que de fato é muito importante, essa pressão
Internacional constante que é de ampliar as reservas indígenas, eles mesmos
dizem que tem muita terra, então, essa região de São Félix do Xingu do
Apyterewa, que estão expulsando essas pessoas humildes que lutaram é uma
profunda injustiça, temos que unir nossas forças, trabalharmos nesse sentido de
sensibilizarmos outras pessoas que venham também a lutar por esse direito que é
realmente a pessoa poder viver de forma digna, honesta e desenvolver as suas
vocações nas suas propriedades, que possamos ter o mais rápido possível sucesso para que os nossos irmãos brasileiros
tenham um lugar que merecem no nosso país. Acredito que é possível ter ganho de
causa, ( na área apyterewa) o próprio Ministro Gilmar Mendes é uma pessoa
polêmica mas que tem de fato muita força na mídia e etc, propôs realmente uma
ação de conciliação, acho que depende muito de quem estiver sendo interlocutor
dele para poder conseguir reparar isso
urgentemente.
Mauri Vandir