Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

AGRONEGÓCIO
Publicada em 04/06/20 às 10:23h - 146 visualizações
Dr. Roberto Paranhos concede entrevista a Líder FM 98.7

Jornal O Niquel

Uma das maiores personalidades do meio empresarial e de negócios o Dr. Roberto Paranhos do Rio Branco falou com exclusividade aos ouvintes da Radcom Líder FM 98.7. Formado em Administração de Empresas pela FGV Faculdade Getúlio Vargas com grande experiência de negociação nos Estados Unidos da América do Norte, Europa, Ásia, fortemente no Japão,  Américas do Sul e Central, e boa experiência  no Oriente Médio, África e Canadá ao longo da vida profissional. Lutou pelas causas na vida estudantil, questões da Amazônia, Zona Franca de Manaus e nas causas das comunidades mais pobres, ribeirinhos, e principalmente pelos índios para terem um atendimento mais adequado e o respeito que merecem. Atuou fortemente no campo dos negócios, em alguns setores do governo de SP, atualmente atua junto ao Governo Federal esteve recentemente na India participando das negociações na busca da abertura do comércio com o Oriente Médio. Dr. Roberto Paranhos também atuou fortemente no setor de indústria na zona Franca de Manaus sua família é pioneira desde 1958 no Vale do Araguaia em São Miguel do Araguaia, desde essa ocasião pode conviver com tribos indígenas da Ilha do Bananal uma condição de muito respeito, amizade e admiração.  E a partir daí justamente passou a ter um interesse maior para que os índios  não vivessem na miséria, hoje a Funai está em boas mãos um tempo atrás a Funai e as Ongs praticamente não ajudavam os índios.  Na busca do desenvolvimento da Amazônia Legal, presidiu a Associação dos Empresários da Amazônia atuou no agronegócio que no mínimo nos últimos 25 a 30 anos vem sustentando esse país. Dentro desse quadro vimos injustiças, deslocando pioneiros que foram para certas regiões e que depois por outros interesses de influências de Ongs e outros interesses internacionais expulsando essa gente tirando deles esse direito do mínimo de sobrevivência. Por muitos anos até estimulados, nas áreas de matas derrubar até 50 %  mais tarde mudaram a lei podendo derrubar só 20 % . Segundo o ex ministro Pedro Malan prever o futuro é muito difícil mas muito mais difícil é prever o passado. Na verdade quem conhece a Amazônia, ela tem mais de 38 ecossistemas, todos  diferentes, muitos são falhos, cerrado,  mas  devemos preservar.  No caso do amigo João Gessi pioneiro no Pará, que morou em Tucumã no sul do Pará  nós presenciamos a melhoria de alguns indígenas que puderam estudar, no caso os Parecis no Mato Grosso, outros em Rondônia. A maior reserva indígena que é os Kayapós referência nacional, agora com nosso apoio criaram a Cooperativa dos Kayapós para  tratar daquilo que eles querem,  que é o seu desenvolvimento, voltar a ter recursos próprios não com a esmola e com a miséria que uns e outros dão principalmente a própria FUNAI e sim eles ter recursos para poder ter e desenvolver a sua saúde e educação. Essa expressão errônea de povos indígenas,  que de fato aquilo que Orlando de Vilas Boas falava o índio que puder estar longe da civilização dentro da sua cultura até deve ser feliz dentro daquele ambiente.  Agora na hora que começa a aculturar então tem que se fazer a integração definitiva e que eles tenham o pleno direito de usufruir daquilo que o mundo moderno pode oferecer. É discutível se a vida que temos é melhor ou pior, mas o fato é que o mundo caminhou por esse lado, então a nossa luta com os Caciques que são mais de  54 com suas aldeias e temos tido um grande contato eu, Gessi, Sérgio Reis vários companheiros, Mizael, vereadora Zulene o Mauri da AEON estão lutando para que de fato, é necessário rever vários conceitos, para que eles possam usar aquilo que é seu, suas áreas, suas reservas. Em breve várias lideranças kayapós  irão a Brasília com o General Deputado Peternelli , generais Mourão e Heleno na ida recente ao Congresso o General Peternelli com sua vasta documentação mostrou que os índios podem fazer tudo menos por enquanto a mineração, seja madeira, reflorestamento sustentável, agronegócio, soja com tecnologia, ter sua PSH gerar sua energia e vender o excesso, enfim todas as vocações, naturalmente sempre respeitando o Meio Ambiente buscando a sustentabilidade. Ninguém propõe para destruir tudo isso, a verdade é que pode tudo  ser bem feito e dentro daquilo que o Brasil pode oferecer, outros países como é dito e é verdadeiro destruíram grande parte daquilo que tinham e hoje querem dar lições ao Brasil.  Na verdade é realmente um interesse econômico porque desde que se fez anos atrás o Projeto Sivam um levantamento da Amazônia é a maior província mineral do mundo. Colocaram o Brasil nessa situação de constrangimento mais é injusto porque a realidade é que somos detentores de 60%  da Amazônia e 40 % pertencem aos nossos países vizinhos inclusive como estão fazendo alguns deles poluindo as nascentes da bacia amazônica e destruindo numa escala muito maior, suas florestas, temos que ter uma discussão em um nível muito elevado, levado as populações e outros países.  Frequentemente estão usando isso por interesses comerciais para impedir que a gente tenha legitimamente como temos essa liderança nessa área de pecuária bovina, proteínas animais e vegetais, a vocação natural que nós temos nessas regiões da Amazônia com manejo florestal   adequado, com o próprio Cacau, Castanha do Pará, Açaí, Baunilha  e outros.  Hoje com todo conhecimento que os índios tem com medicamento natural e que toda hora o pessoal de fora vem aqui para roubar. Uma luta também é a regulamentação do garimpo pelo Congresso Nacional.  Agora foi criada a Cooperativa que fará tudo de forma correta. Outra coisa que de fato é muito importante, essa pressão Internacional constante que é de ampliar as reservas indígenas, eles mesmos dizem que tem muita terra, então, essa região de São Félix do Xingu do Apyterewa, que estão expulsando essas pessoas humildes que lutaram é uma profunda injustiça, temos que unir nossas forças, trabalharmos nesse sentido de sensibilizarmos outras pessoas que venham também a lutar por esse direito que é realmente a pessoa poder viver de forma digna, honesta e desenvolver as suas vocações nas suas propriedades, que possamos ter o mais rápido possível  sucesso para que os nossos irmãos brasileiros tenham um lugar que merecem no nosso país. Acredito que é possível ter ganho de causa, ( na área apyterewa) o próprio Ministro Gilmar Mendes é uma pessoa polêmica mas que tem de fato muita força na mídia e etc, propôs realmente uma ação de conciliação, acho que depende muito de quem estiver sendo interlocutor dele para poder conseguir  reparar isso urgentemente.

Mauri Vandir 








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