Situação na Terra Indígena Apyterewa fica cada vez mais tensa e operações seguem. (Foto: Divulgação / Redes Sociais) (Foto: )
Membros da
Associação de Trabalhadores Rurais da Extensão Apyterewa estão pedindo que
defensores dos Direitos Humanos se mobilizem em São Félix do Xingu, no sudeste
paraense. Eles temem que haja conflito com servidores da Fundação Nacional do
Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e a Força Nacional.
Vou rever as demarcações de terras indígenas que
puder, diz Bolsonaro
Desde o dia 10,
Funai e Ibama estão fazendo operações na área da terra indígena. Os
trabalhadores falam em pelo menos duas prisões, pessoas machucadas, barracos
destruídos, equipamentos apreendidos e máquinas inutilizadas. Essas medidas são
previstas em lei, ainda que o presidente Jair Bolsonaro tenha prometido
suspender ações como essas.
Nesta
quarta-feira (18), uma comissão da Associação foi recebida pelo Ibama e pela
Funai, na base federal da terra indígena. O encontro não agradou os
trabalhadores rurais, que seguem no local, acampados, e em número muito maior
do que na terça (17).
“A coisa tá
muito tensa. O pessoal da Funai, junto com o do Ibama, está fazendo a maior
atrocidade. Queimando as coisas das pessoas, batendo, derramando mantimentos,
fazendo vandalismo. Povo se revoltou. Não chegamos a acordo nenhum. Não somos
contra a ação do Ibama. Somos contra as coisas que eles estão fazendo. Por
isso, exigimos um representante dos direitos humanos junto com a ação do
Ibama”, disse Vicente Paulo Terêncio, da Associação de Trabalhadores
Rurais da Extensão Apyterewa.
Nesta terça, a
Redação do Fato Regional entrou em contato com o Ibama e com a Funai para obter
um posicionamento sobre a situação em Apyterewa. Um novo contato foi feito,
após mais de 24 horas sem retorno.
(Da Redação Fato
Regional)