(Foto: Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará)
O Pará reduziu em
14,63% o desmatamento no período de agosto a abril deste ano, em relação ao
mesmo período do ano anterior, o que equivale 342 km², um pouco maior do que a
capital de Minas Gerais, segundo dados do sistema de alertas do Deter, do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Também reduziu em 43% o
desmatamento em todo o seu território nos primeiros 11 dias de maio, em
comparação ao mesmo período do ano passado. Em áreas estaduais, a redução foi
de 68%, enquanto que nas áreas de administração federal o desmatamento caiu em
4%. O balanço foi realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas).
“Neste início de
maio, já se percebe uma queda no desmatamento. Para o Estado, isso representa
45% de redução nos 11 primeiros dias de maio de 2021 em comparação ao mesmo
período do ano passado. Além disto, se a gente for olhar para as principais
áreas de atuação da Semas, esta queda é ainda maior. Por exemplo, na APA do
Triunfo do Xingu, este desmatamento foi reduzido em 72% nesta mesma faixa de
comparação”, avalia a coordenadora do Centro Integrado de Monitoramento
Ambiental (Cimam), da Semas, Jakeline Viana.
Na Área de Proteção
Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, o desmatamento foi reduzido em 72% em relação
aos 11 primeiros dias de maio de 2020. Com 1.679.280,52 hectares, esta APA
possui 65% de sua área no território do município de São Félix do Xingu e 35%
na cidade de Altamira, no sudeste paraense.
“Nós mantemos as
equipes em campo mensalmente, sempre reformulando estratégias e analisando o
comportamento dos desmatadores. Dessa maneira, conseguimos manter uma presença
constante do Estado, nos locais mais vulneráveis aos crimes ambientais”,
reforça o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
Segundo Jakeline Viana, as informações do monitoramento do desmatamento ajudam
a direcionar as ações da Amazônia Viva, operação de fiscalização e repressão a
crimes ambientais realizada no contexto do Plano Estadual Amazônia Agora
(PEAA).
“Esses dados foram
obtidos a partir do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real),
do Inpe, que gera informação quase diariamente. O Cimam faz relatório semanal
para acompanhar o desmatamento. Como esses dados do Deter são bastante
frequentes, ajudam a fazer o planejamento das ações de fiscalizações. As
frentes de fiscalizações são direcionadas de acordo com o diagnóstico do
Deter”, afirma a coordenadora do Cimam.
A Semas também faz
análise comparativa dos alertas de desmatamento emitidos nos períodos em que as
ações da Amazônia Viva estiveram em campo, o que permite avaliar a sua
eficiência. As maiores reduções ocorreram durante a realização das fases 8 e 9
da operação. Efetuada em janeiro passado, a Amazônia Viva 8 reduziu em 92% o
desmatamento em áreas estaduais. Já a Amazônia Viva 9, levada a campo em
fevereiro, reduziu a degradação ambiental em 94%, em relação ao mesmo período
de 2020.
“Esses dados do
monitoramento do desmatamento também permitem que se faça uma avaliação do
desempenho da fiscalização. A variação da diminuição do desmatamento pode ser
atribuída ao fato de ter operação em campo”, diz Viana.
Por Bruna Brabo (SEMAS)