Um movimento surpreendente alçou a soja este ano ao
posto de terceiro principal produto da balança comercial do Pará, superando ―
quem diria ― o minério de cobre, que tradicionalmente só ficava atrás do
minério de ferro em importância para a economia do estado. De janeiro a julho,
os embarques de soja totalizaram 1,106 bilhão de dólares, uma distância de mais
de 300 milhões de dólares do cobre, cujas transações comerciais originárias do
Pará somaram 799,74 milhões. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé
Dudu.
O bom posicionamento da soja ― embora esperada para
em algum momento estar entre as três principais commodities do estado ―
surpreende porque desde que o Pará iniciou a produção computável de cobre
exportado, em 2004, esse minério nunca antes havia estado fora do “Top 3” e, no
máximo, rivalizava com o minério de alumínio.
Agora, a soja não apenas cresceu a ponto de ocupar
a terceira colocação, como também está a um passo de ocupar a segunda, já que o
minério de alumínio computa 1,179 bilhão de dólares em exportações. O minério
de ferro, com 7,695 bilhões, segue sendo o principal produto da balança
estadual e sem dar chance de ultrapassagem a qualquer outra commodity.
2º do Pará em julho
Levando em consideração apenas o mês de julho, a
soja foi o segundo produto mais exportado do Pará, com 171,75 milhões de
dólares, à frente do minério de alumínio (145,04 milhões) e quase o dobro do
cobre (93,76 milhões). Só o minério de ferro superou a soja, com 1,403 bilhão
de dólares. Vale ressaltar que no mês passado o Pará exportou mais soja até que
nomes conhecidos da região produtora apelidada Matopiba. Piauí (150,3 milhões
de dólares) e Tocantins (127,05 milhões) ficaram para trás. E estados
importantes no cenário, como São Paulo (246,08 milhões), não conseguiram impor
distância considerável da movimentação comercial da soja paraense.

