Os equipamentos para aumentar a produtividade e a qualidade do leite brasileiro são caros e segrega uma grande faixa de pequenos empreendedores que não têm acesso ao maquinário (Foto: )
Brasília – O deputado Henderson
Pinto (MDB-PA) tem focado sua atuação parlamentar no sentido de fortalecer as
cadeias de produção, não apenas no Pará, mas em todo o Brasil, como o é
verificado no teor do Projeto de Lei n° 3.995/2023, que institui o Regime Especial para Aquisição de
Bens de Capital por Produtores de Leite (Releite).
O PL já
está na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural (CAPADR) e aguarda a apresentação do relatório da deputada federal Ana
Paula Leão (PP-MG), designada relatora. “É possível apresentar o relatório
antes do final do ano,” estima a deputada.
Teor
A
Reportagem do Blog do Zé Dudu examinou os parâmetros do projeto usando como
régua os mesmo critérios que balizam as normas nas três comissões que o
analisarão. Trata-se de uma proposta consistente e com boa técnica legislativa
e que deverá ser aprovada sem maiores problemas.
O projeto
será de alta relevância para o setor de produção de leite, que vem sofrendo, ao
longo do tempo, muitas oscilações de mercado, como o aumento – substancial – da
importação de leite autorizada pelo governo federal e que tem gerado efeitos
negativos (diminuição) no preço do produto nacional, que é item essencial na
cesta básica dos brasileiros.
Deputado
Federal Henderson Pinto (MDB-PA), autor do projeto
Ao
estabelecer o Releite, Henderson Pinto fortalece toda a cadeia produtiva de um
setor que emprega e ocupa milhões de brasileiros em todos os quadrantes do Brasil,
especialmente a chamada agricultura familiar, dentro ou fora de projetos de
assentamento rural.
Ao
pesquisar os dados para elaborar a justificativa do PL, o deputado constatou
que o “setor agropecuário contribui significativamente para a elevação do PIB
(Produto Interno Bruto) nacional e para a geração de empregos, desempenhando
papel fundamental na economia. Nesse setor, a produção de leite tem papel
relevante não só́ por razões econômicas como também por questões sociais, já́
que envolve um grande número de pequenos e médios produtores rurais”.
Alto custo dos equipamentos
Nesse
contexto, elaborou: “Ações que estimulem o desenvolvimento do setor são
importantes e necessárias. Ocorre, entretanto, que entre os principais
obstáculos enfrentados pelos produtores, especialmente os de menor porte, está
o alto custo dos equipamentos utilizados na produção e no processamento do
leite”.
“Visando
reduzir esse impacto”, ele propôs, com o intuito de incentivar a manutenção e o
crescimento dessa importante atividade, “o produtor que se habilitar no Releite
ficará desonerado do pagamento do IPI sobre máquinas e equipamentos a serem
utilizados na atividade. A desoneração do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) para esses equipamentos se apresenta como uma solução
viável para fomentar o crescimento desse setor, além de estimular a inclusão
social no campo”, justificou o deputado paraense.
Henderson
Pinto solicita apoio dos membros das comissões: “A concessão da isenção de IPI
para equipamentos destinados à produção de leite é uma medida estratégica para
fortalecer um setor essencial da economia brasileira, promovendo a
modernização, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável no campo. Por
essas razões, conto com o apoio de meus ilustres Pares para aprovação da
presente proposição”.
Tramitação
Em 31 de
agosto, foi aberto o prazo de cinco sessões, a partir do dia 1° de setembro,
para a apresentação de emendas na CAPADR. O texto precisa também tramitar e ser
aprovado na comissão de Finanças e Tributação, e depois na de Constituição e
Justiça e de Cidadania. Se aprovada nas três comissões, segue para o Senado, e
se confirmado será promulgado como nova lei.
Por Val-André Mutran – de Brasília