Bené Mutran (Foto: )
O
pecuarista Benedito Mutran Filho, conhecido como Bené Mutran, um dos principais
empresários do estado do Pará, morreu na madrugada desta sexta-feira (1º), em
Belém. A confirmação foi feita pela Polícia Científica do Pará. Ele teria caído
do prédio em que morava, no Bairro da Campina, centro da capital.
Reconhecido
no país e no exterior pela produção da raça Nelore, uma das mais populares e
bem-sucedidas no Brasil. O pecuarista era bicampeão do Ranking Nacional dos
Criadores de Nelore. Bené revelou raçadores como Edhank, Hock, Champion, Jyrban
e Mug.
O
governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), publicou, em sua conta oficial no X,
recebeu “com tristeza” a notícia do falecimento do empresário. Segundo ele,
Bené era “um dos maiores pecuaristas do Brasil”. Confira a mensagem:
“Recebo com
tristeza a notícia do falecimento de Bené Mutran, um dos maiores pecuaristas do
Brasil e um dos maiores empresários do Agro paraense. Meus sentimentos aos
familiares e amigos neste momento de dor”.
Para o
zootecnista e diretor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará
(Faepa), Guilherme Minssen, que trabalhou com Mutran durante 10 anos, a perda
de Benedito é “uma das mais sentidas por toda a zootecnia do estado do Pará”.
“Ele era,
sem dúvida, um apaixonado pela raça nelore e deixa para nós uma profunda dor.
Tivemos o privilégio de trabalhar na Fazenda Cedro, Espírito Santo e Maria
Bonita, três propriedades dele no sul do Pará, por 10 anos, em um projeto
fantástico de seleção e muita dedicação. Deve ser sempre lembrado como um marco
na pecuária paraense”, aponta Minssen.
O
diretor da Faepa ressalta ainda que Mutran era um empresário rural que sempre
foi exemplo para todos do setor. Minssen também contou um pouco da história do
colega: em 1985, teria iniciado uma revolução juntamente com outros
pecuaristas, de um leilão chamado Tingaúna, e depois com a sua chácara em
Castanhal realizou “os mais importantes leilões rurais em gado de elite e em
gado de genética”, afirma.
Guilherme
ainda detalha que Bené fez “um dos rebanhos mais importantes na seleção”, ainda
mais porque, segundo ele, eram tempos mais difíceis. “Naquela época, na década
de 80, ele foi o precursor de várias tecnologias, principalmente na área de
reprodução e genética. Vai em paz amigo, Bené Mutran, que deixa para nós um
legado de muita força na seleção, na raça e principalmente no trabalho
genético”.
(Com informações de O Liberal)