Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

AGRONEGÓCIO
Publicada em 12/05/24 às 05:34h - 90 visualizações
Exportações de carne bovina batem recorde histórico em abril
Abertura de novos mercados e retração do preço no mercado interno estimularam a exportação, que no acumulado do ano atingiu 835.328 toneladas, aumento de 37,2% em relação ao mesmo período de 2023

Jornal O Niquel

Novos mercados foram abertos e devem elevar ainda mais as exportações brasileiras de carne bovina  (Foto: )

Abril registrou o recorde histórico mensal de volume de carne bovina exportado pelo Brasil em 2024. Foram enviados a mercados no exterior 236.842 toneladas do produto, com faturamento de US$ 1,043 bilhão, o equivalente a R$ 5,36 bilhões de reais na cotação desta sexta-feira (10/5), cifra que também coloca o mês entre os melhores em resultados, e que ainda cresceu 77,4% na comparação com abril do ano passado.

No acumulado de 2024, as exportações de carne bovina somaram 835.328 toneladas, aumento de 37,2% em relação ao mesmo período de 2023. A receita somou US$ 3,68 bilhões ou R$ 18,920 bilhões de reais (cotação em 10/5).

Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados e divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Os números chamam a atenção, uma vez que mercado se encontra em plena entressafra, embora haja queda dos preços no mercado doméstico.

O principal mercado da carne bovina brasileira segue sendo a China, para onde foram embarcadas 101.031 toneladas no mês de abril. O segundo mercado foram os Emirados Árabes, que compraram 23.719 toneladas. Hong Kong foi o terceiro maior parceiro e importou 11.327 toneladas, o que representou crescimento de 38,9% em relação a março de 2024, sendo a maior parte dos produtos, os miúdos bovinos.

De acordo com o presidente executivo da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, a diversificação de mercados e produtos exportados segue como um movimento do setor. “A China permanece comprando um volume médio de 95 mil toneladas por mês, confirmando ser um grande parceiro do Brasil, mas outros mercados tiveram também destaque no aumento do volume médio embarcado este ano”, diz em nota.

Acumulado de 2024

No acumulado do ano, o volume total embarcado pelo Brasil foi de 835.328 toneladas, um aumento de 37,2%, frente ao mesmo período de 2023. Em faturamento, houve um crescimento de 29,5%, saindo de US$ 2,8 bilhões, nos primeiros quatro meses de 2023, para US$ 3,68 bilhões, neste ano. No primeiro quadrimestre de 2024, as exportações de carne in natura responderam por 88% do total exportado, seguido pelos miúdos, com 7,09%, e carne industrializada, com 3,7% do total em volume.

Na média de 2024, os Emirados Árabes compraram mais que o triplo do volume de 2023, totalizando entre janeiro e abril 64.787 toneladas, com faturamento de US$ 298,2 milhões. Nos primeiros quatro meses de 2024, os embarques para Argélia somaram 20.287 toneladas. Em faturamento a soma chega a US$ 92,7 milhões. Para as Filipinas os embarques chegaram a 19.411 toneladas este quadrimestre, com faturamento de US$ 68,03 milhões. Com as recentes novas habilitações, volumes crescentes nos embarques são esperados para os próximos meses.

O México foi outro grande destaque, segundo Camardelli. “O país está entre os que mais recentemente aprovaram o comércio de carne bovina com o Brasil e em quatro meses os embarques já somam 12.428 toneladas este ano”, se destacando com o potencial de ser um dos maiores clientes do Brasil no setor de proteína animal.

Para mercados como Chile, Rússia, Israel, Líbia, Jordânia, Líbano, entre outros, as exportações também cresceram este ano. Chile comprou 10,6% mais carne, Rússia 33,2% mais, Israel aumentou 13,2%, Líbia 37%, Jordânia 102% e Líbano 147% de aumento. Apesar dos registros diretos dos dados não apontarem exportações para o Irã, o aumento das exportações para os Emirados Árabes (+253,7% este ano) e as exportações para a Turquia, de 13.514 toneladas (aumento de 865% mesmo sem acordo sanitário com o Brasil), demonstram o crescimento do mercado iraniano. Dadas as dificuldades operacionais para exportações diretas para o Irã, Emirados e Turquia continuam como rota de exportação.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.























































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