Já pensou ganhar um salário na carteira de R$43 mil ou R$49 mil por mês? Pois tem bem-aventurado conseguindo fichar no Pará com esse valor. O Blog do Zé Dudu mergulhou nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho (MTb), e apresenta, agora, o levantamento das 20 ocupações que remuneram melhor no estado. Os dados do Caged correspondem ao período de janeiro a setembro deste ano. Em praticamente todas as mesorregiões do Pará, há contratos com bons salários. O que não se sabe, contudo, é se as vagas estão sendo preenchidas por pessoas do Pará ou vindas de outras regiões. Essa informação não é disponibilizada pelo MTb. Cabe destacar que os salários aqui apresentados constituem-se médias calculadas pelo próprio Caged para as ocupações citadas, a partir do número de contratações efetivas. Isso quer dizer que, por exemplo, um diretor de determinada empresa pode ter sido contratado por R$20 mil num lugar, enquanto outro, por R$4 mil noutra cidade. A média gerada para ambos é, assim, de R$12 mil.
Baixo Amazonas e altos salários
Os municípios que oferecem os salários mais graúdos no Pará, atualmente, são os da Mesorregião do Baixo Amazonas, particularmente da microrregião de Óbidos. Os municípios miradores de Juruti e Oriximiná, os reis da bauxita no Brasil, são campeões paraenses de bons salários.
Em Oriximiná, um profissional foi contratado para o cargo de diretor de indústria extrativa mineral por R$49 mil e outro foi contratado para ser diretor de organizações por R$43 mil. São, disparadamente, os maiores salários pagos na iniciativa privada este ano. Além disso, dois gerentes de projetos foram contratados em Oriximiná por R$25.170, cada, e um gerente de produção assinou carteira com R$24.589. No município de Juruti, um engenheiro de segurança do trabalho foi contratado por incríveis R$25 mil, enquanto um gerente de compras assinou contrato por R$23.400. Fora do circuito do oeste, lideram os melhores contratos de trabalho Belém, que é a maior cidade e com a maior diversidade de ocupações; Altamira, que ainda vive da ressaca do projeto da hidrelétrica de Belo Monte; e Parauapebas, que é a sede técnico-operacional e administrativa dos projetos de mineração na região de Carajás. Em Altamira, foram verificadas as mais altas médias para gerente de comunicação (R$23.166), gerente de rede (R$21.190) e médico clínico (R$18.865). Em Parauapebas, as maiores médias são de diretor comercial (R$20 mil), médico clínico (R$19.636) e gerente de RH (R$19 mil). Já em Belém os cargos de diretor de organizações (R$19.506), engenheiro químico (R$19.500) e diretor de operações de telecomunicações (R$17.500) pagam melhor.
Confira as médias salariais do Pará como um todo!