governador Helder Barbalho se reuniu, nesta quarta-feira (20), no
Palácio dos Despachos, com representantes do setor produtivo para discutir a
retomada das atividades econômicas, que estão suspensas no Estado por conta
da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.
O secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, ao lado de sua
equipe técnica, apresentou aos presentes, na abertura da reunião, o
comportamento da Covid-19 no Estado do Pará, revelando a tendência do aumento
do número de casos no interior do Estado e da necessidade de ampliação dos
leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nesses municípios.
Alberto Beltrame titular da Sespa"O retorno
das atividades econômicas precisa ser gradual e com a convicção de que não há
riscos de ocorrer uma segunda onda de contaminação nas regiões onde o pico já
chegou ao platô e começou a declinar, assim como estarmos preparados para o
avanço da doença no interior ", disse Beltrame, titular da Sespa.
UTIs - Ao todo, a rede pública do Pará tem em funcionamento 390
leitos exclusivos para UTI. Por isso, a solução para a questão está na
ampliação do número para 600 ou o deslocamento de leitos de áreas, como a
RMB, que passa pelo pico da doença, para outros municípios que ainda podem
sofrer aumento do número de casos.
Para reforçar a informação da queda dos números de casos na região
metropolitana, o governador destacou que, nesta quarta-feira (20), entraram
no sistema de notificação 80 óbitos no Pará, no entanto, apenas dois deles
são ocorridos no dia, mesmo assim, são do interior do Pará, um de Concórdia e
outro de Cametá, nenhum registrado na região metropolitana.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e
Energia (Sedeme), Adler Silveira, apresentou durante a reunião, o projeto
"Retoma Pará", construído em parceria com os representantes do
setor produtivo paraense, que prevê a retomada responsável, garantida,
controlada, monitorada e transparente das atividades não essenciais no Pará.
O projeto continuará aberto até o dia 25 deste mês para sugestões dos
representantes do setor produtivo quando será fechado com todas as
orientações para reabertura gradual.
Adler Silveira, titular da Sedeme
"A reabertura está condicionada ao achatamento das curva,
associada a questão da capacidade do sistema de saúde em absorver parte
dessas pessoas que possam vir a contrair o coronavírus. A partir desse
princípio, será definido a retomada a partir de protocolos de comportamento
que nos traga a segurança necessária para que os setores da economia possam
voltar a funcionar sem risco para a sociedade". Adler Silveira,
secretário da Sedeme.
Segundo o governador do Estado, Helder Barbalho, todo o projeto foi
elaborado pelas áreas econômica e de saúde do governo, com sugestões do setor
produtivo, tendo como base as orientações da Organização Mundial de Saúde
(OMS), e com foco na preservação da vida.
Helder Barbalho, governador do Pará
"A reabertura das atividades será feita da mesma forma que foi
realizado o fechamento: de forma gradual, por meio de decreto, baseada em
orientações da Sespa, e depois de referendadas pelo inquérito epidemiológico
que vamos começar a fazer a partir da segunda-feira que vem, 25 de
maio", detalhou Helder Barbalho.
O inquérito epidemiológico será por amostragem, em municípios que
apresentaram maior número de casos, e como pretende testar cerca de 30 mil
pessoas a Covid-19, por amostragem, nos moldes do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), terá maior margem de segurança.
Helder Barbalho adiantou ainda que, a retomada das atividades não
essenciais deve ser feita de forma regionalizada, levando-se em consideração
o perfil epidemiológico do avanço da Covid-19 e as medidas restritivas já
adotadas.
"Na Região Metropolitana de Belém (RMB), provavelmente não haverá
o prolongamento do lockdown, pois a doença chegou a um platô, e a tendência é
o número se estabilizar e começar a cair", disse o governador,
adiantando que esse cenário só se confirma se a reabertura das atividades
essenciais seguirem protocolos definidos no projeto "Retoma Pará",
e se os serviços essenciais, que continuam abertos, mantiverem os seus
protocolos de segurança de funcionamento.
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