Crédito: Wilson Soares (Foto: )
A seca do rio
Xingu, na região de Altamira, sudoeste do Pará, é percebida ao longo de toda a
margem do rio, principalmente nos volumes de água dos igarapés Altamira e Ambé,
e já é considerada uma das maiores secas das últimas cinco décadas.
Na região
conhecida como Volta Grande do Xingu, uma área de cerca de 100 km de extensão,
ribeirinhos reclamam que estão praticamente isolados devido à baixa do Xingu.
Os pescadores também têm enfrentado dificuldades para conseguir sobreviver da
pesca. Eles dizem que a seca deste ano tem relação com a construção da
Hidrelétrica de Belo Monte. “Acabou os peixes, não tem como pescar, secou muito
depois da construção dessa usina aí, de Belo Monte”, lamenta Manoel da Silva.
Sem peixe, os ribeirinhos buscam o sustento em pequenas lavouras. Macaxeira e
cacau foram plantados. O problema é que a produção corre o risco de se perder
porque não tem por onde escoar.
Em nota a
empresa Norte Energia, empreendedora da Usina Belo Monte nega que a seca do
Xingu tem relação com a construção da barragem. “A Norte Energia informa que o
monitoramento da vazão do rio Xingu realizado pela empresa indica que a vazão
natural afluente (que chega à região de Altamira) está abaixo dos padrões já
observados em outros períodos de estiagem – sendo que a vazão média, neste mês,
tem se apresentado cerca de 35% menor do que as registradas desde 1969 no mês
de outubro”, diz a nota.
Fonte: Wilson
Soares – A Voz do Xingu