Um ano perdido
A 20 dias do final de um anoperdido, ogoverno dá
sinais de desgaste e os números negativos dos índices de aprovação de Jair
Bolsonaro (sem partido) começam a baixar. Na gangorra de sua aprovação, antes
com viés de alta, e agora ladeira abaixo, pesou a não continuidade do pagamento
do auxílio emergencial.
Números ruins
Os números oficiais de desempregados, que beiram os
14 milhões, poderão superar, a partir de janeiro, a inacreditável marca de 20
milhões, uma vez que os “invisíveis” identificados com o pagamento do auxílio
emergencial (camelôs, ambulantes, informais, etc…) passam à coluna estatística
oficial de desempregados, após a virada do ano.
Imobilizado
O governo Bolsonarofoiliteralmente imobilizado pelo
Congresso Nacional e está sob permanente pressão do STF. Houve avanços, porém
incompatíveis, dadas as imensas necessidades reais do País. O governo busca
azeitar a relação. O Congresso Nacional fez de conta que não é parte do
problema ao não votar a pauta para sustentar o País em pé. Enquanto cinco
ministros do STF precisam voltar às aulas de Direito Constitucional.
Não resta outra saída senão a via política para que Bolsonaro possa trabalhar e
esquecer, por enquanto, o ainda distante ano de 2022. Daí a importância da
sucessão de Maia e Alcolumbre.
Talvez…
A palavra talvez só perderá seu protagonismo atual,
se a articulação política do governo trabalhar, coisa que até agora finge
fazer, ou pior, não tem a competência de fazer.
…no ano que vem
Neste ano “Inês é morta”. As reformas tributária e
administrativa não serão aprovadas pelo Congresso em 2020. Os projetos de
emenda constitucional (PECs) que reformulam o pacto federativo e que promovem a
desvinculação das receitas de fundos públicos, também não. O projeto de lei
orçamentária para 2021 também está travado e só haverá recesso legislativo no
final do ano se os congressistas votarem a LDO 2021.
Sucessão na Câmara
O apetite do deputado federal Arthur Lira (PP-AL),
que supostamente teria a preferência de Bolsonaro na eleição que vai escolher o
futuro presidente da Câmara dos Deputados, é de tal ordem, que ele acende uma
vela para Deus e outra para o diabo. Está em plena campanha e abriu a agenda da
semana de sua candidatura visitando lideranças de vários Estados, reunindo-se,
inclusive, com o ex-ministro Zé Dirceu (PT).
Tudo por votos
O presidenciável que é líder do PP na Câmara dos
Deputados, se comprometeu, em troca de votos dos deputados do PT, maior bancada
da Casa, o encaminhamento de três itens que agradam aos petistas: combate ao
“lava-jatismo”, mudanças na Lei da Ficha Limpa e um projeto que permita nova
forma de financiamento dos sindicatos.
Cortejados
Reunindo 132 deputados federais, os cinco
principais partidos de oposição ao governo são cortejados pelos candidatos à
Presidência da Câmara dos Deputados.
Bancada dos 5 Principais partidos de oposição
Lançamento
Arthur Lira (PP-AL) lançou oficialmente sua
candidatura na quarta-feira (9), em um evento que contou com lideranças de oito
partidos, que somam 180 deputados. Lira prometeu aos presentes administrar a
Casa de forma “diferente” de Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que os líderes
partidários terão voz na decisão das pautas que serão levadas a plenário.
Lançamento da candidatura de Arthur Lira à
presidência da Câmara dos Deputados
Adesões
Participaram do lançamento da candidatura de Arthur
Lira lideranças de PSD, Pros, Avante, Patriota, PL, SD e PSC, além do PP,
partido do pré-candidato. No caso do Pros, quem participou não foi o líder,
Acácio Favacho (AP), mas Eros Biondini (MG). A legenda faz parte de um bloco
com o PSL, que tenta emplacar Luciano Bivar (PE) como candidato apoiado pelo
grupo de Maia.
Apoio da maioria do PSB
A principal vitória de Lira, porém, foi o
indicativo de apoio partido do PSB, que faz oposição a Bolsonaro. Por 18 votos,
os socialistas indicaram por ampla maioria, nesta quarta, que tendem a aderir à
candidatura de Lira. Seis deputados do PSB não se manifestaram na reunião, e
outros cinco afirmaram que preferem esperar o anúncio do atual presidente da
Casa, Rodrigo Maia, sobre qual nome irá apoiar na disputa com Lira.
A Coluna confirmou as informações com o deputado federal Cássio Andrade
(PSB-PA), vice-Líder do partido na Câmara dos Deputados.
Pauta de compromissos
Arthur Lira pediu para o PSB lhe entregar uma pauta
de compromissos a fim de responder quais pontos poderá atender. Após ouvir esse
retorno do candidato, o PSB deverá oficializar sua posição. Um dos
articuladores de Lira na legenda socialista foi o deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), que será o primeiro vice-presidente da Casa, caso a chapa seja
vitoriosa.
Debandada
Após a decisão do STF de barrar sua reeleição,
Rodrigo Maia perdeu apoio de 200 deputados em três dias. Do “superbloco” que
ele idealizava (e vendia) na semana passada com 10 partidos e 360 deputados,
partirá com 6 partidos e 160 deputados. Um estrago em seu projeto de poder e
não será fácil derrotar o indicado de seu desafeto, o presidente da República.
Além do que, Maia ainda não tem um nome para sucedê-lo.
Racha
Uma disputa interna ameaça desidratar ainda mais o
bloco de aliados do presidente da Câmara para a eleição da cúpula do Congresso,
em fevereiro de 2021. O vice-presidente da Câmara Marcos Pereira
(Republicanos-SP), ameaça sair do grupo de Maia e lançar candidatura avulsa,
abrindo um racha no bloco.
Outras candidaturas
Além do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP),
primeiro-vice-presidente da Câmara e um dos principais integrantes da bancada
evangélica, que estuda lançar sua candidatura, disputam o espólio de Rodrigo
Maia, os deputados Baleia Rossi (MDB-SP), líder e presidente nacional do partido,
e Elmar Nascimento (DEM-BA), ex-líder da legenda e indicado à Comissão Mista de
Orçamento (CMO). Correndo por fora, fala-se também, no nome do deputado líder
da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Sucessão no Senado
É tradição no Senado o presidente, ao concluir seu
mandato, influenciar na escolha do sucessor. O presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP) reuniu-se com o presidente Jair Bolsonaro para “ajudar” a
escolher seu sucessor no cargo. Os chefes do Executivo e do Legislativo se
encontraram na noite da terça-feira (8) para debater o tema e se acertaram
depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou a reeleição do amapaense.
Indecisos I
A Coluna ouviu alguns parlamentares da Bancada do
Pará na Câmara e no Senado. O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), vice-Líder
do governo na Casa, ainda estuda os nomes. Ele acha que ainda é cedo, pois
muitas candidaturas sequer foram formalizadas. O deputado federal Delegado Éder
Mauro (PSD-PA), coordenador da Bancada na Câmara, está em diálogo com o presidente
Bolsonaro para definir um nome de consenso que possa pautar, nesse novo biênio,
os projetos que o Brasil e o Pará precisam.
Indecisos II
O deputado Cássio Andrade (PSB-PA) aguarda o
posicionamento final de sua legenda. O deputado Eduardo Costa (PTB-PA) também
discute nomes no âmbito do seu partido. Os três senadores da Bancada, Jader
Barbalho (MDB-PA), Zequinha Marinho (PSC-PA) e Paulo Rocha (PT-PA), também
estão nos debates internos de suas legendas.
Prêmio
Deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) recebe mais
uma vez o prêmio de melhor parlamentar do Pará do site Ranking dos Políticos.
Deputado Joaquim Passarinho mais uma vez é o
vencedor do Prêmio Ranking dos Políticos. O melhor do Pará
Vacinação
Os 584 shoppings centers espalhados pelo País estão
se organizando para contribuir com a logística da imunização contra a covid-19
no Brasil. Uma proposta será apresentada ao governo em breve. As dependências
dos complexos seriam pontos estratégicos para a etapa de vacinação, assim como
alguns centros já foram oferecidos para a realização de testagem. Para isso,
seriam usados as áreas dos estacionamentos e espaços internos.
Demitido
O presidente Jair Bolsonaro demitiu na quarta-feira
(9) o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). Em seu lugar assumiu o
presidente da Embratur, Gilson Machado. O ministro já estava na mira de
Bolsonaro, que pretende fazer uma reforma ministerial. Além disso, Álvaro
Antônio teve uma desavença forte com o ministro-chefe da Secretaria de Governo,
o general Luiz Eduardo Ramos, que estaria negociando o Ministério do Turismo
com o Centrão. Álvaro Antônio, então, teria cobrado Ramos no grupo de WhatsApp
dos ministros. Houve bate-boca e a situação ficou insustentável.
Regulamentação do Fundeb
Aprovada em agosto, o Congresso precisa votar antes
do final do ano a regulamentação da PEC do novo Fundeb. Entre outras coisas, a
votação dirá o que fazer com os 30% restantes dos recursos do fundo.
Sul do Pará
Na terça-feira (8), o deputado Joaquim Passarinho
(PSD-PA) acompanhado dos prefeitos Wagne Machado, de Piçarra, e dos prefeitos
eleitos Iara Braga, de Eldorado dos Carajás, Valdir Lemes, de Novo Repartimento
e Dr. Jefferson Oliveira, de São Geraldo do Araguaia, foram recebidos em
audiência no MEC, com o ministro Milton Ribeiro, quando foi discutido o repasse
do novo Fundeb aos municípios do Pará.
Hospital Veterinário
Na pauta, foi tratada a liberação de recursos para
a construção do Hospital Veterinário que será construído no campus da
Unifesspa, em Xinguara.
Concessões
Por unanimidade, o plenário do Tribunal de Contas
da União (TCU) aprovou ontem, quinta-feira (10), os estudos referentes à sexta
rodada de concessões de aeroportos. Com o aval, o governo poderá publicar os
editais do leilão e a concessão de mais três projetos do Ministério da
Infraestrutura à iniciativa privada.
Leilões
Além dos 22 aeroportos que serão concedidos em três
blocos, poderão ser leiloados trechos das rodovias BR-153, entre Palmas (TO) e
Anápolis (GO), e da BR-163, entre os municípios de Sinop (MT) e Miritituba
(PA).
A próxima etapa é a publicação dos editais para a
realização dos leilões. A previsão é que os certames sejam realizados no 1º
semestre de 2021.
Enem 2021
O Inep mantém Enem em janeiro, mesmo com aumento de
casos de covid-19.
Sinergia
É o nome da chapa que venceu as eleições mais
disputadas em quase meio século de existência da Associação Comercial e
Industrial de Marabá (Acim). A Coluna conversou com João Tatagiba, presidente
eleito para o próximo biênio que se inicia no ano que vem.
·
1° Diretor Social - Pedro Chaves
·
2ª Diretora Micro Empresa - Erika Ferreira da Silva
·
Antônia dos Santos Martins - 2ª Diretora de Comunicação
·
Pércio Piagno - 1° Diretor Comercial
·
Ilsom Mateus Rodrigues - Conselho Fiscal
·
Conselho Fiscal - Ian Corrêa
·
Conselho Fiscal - Winston Diamantino
·
Conselho Fiscal - Reinaldo Zucatteli
·
Conselho Fiscal - Tarcisio Rodrigues Marques
·
2ª Secretária - Raquel de Oliveira Miranda
·
Paulo Ivam Gomes dos Santos/2° Diretor Comercial
·
1º Diretor Micro Empresa - Griego Duarte da Silva
·
2º Diretor Industrial - PAULO IVAN GOMES DOS SANTOS
·
Presidente da Assembleia Geral - Paulo Marcelo
Mutran
·
2ª Diretora Ass. Especiais - Agilene Sá
·
2° Tesoureira - Dra. Tatiana Carvalho
·
Raimundo Alves Costa Neto/1° Secretario
·
ALBERICO ARAUJO E SILVA JUNIOR - 1º Diretor
Industrial
·
Quelma Gonçalves/2° Diretora de Relações Publicas
Prioridades
O novo presidente fez um resumo da atuação do órgão
e estabeleceu como desafio ações pragmáticas, pés no chão, e que dê concretude
a pautas mais específicas para o fortalecimento da Acim. Ele resume: “Trabalhar
o que já temos e não depender apenas do setor mineral. Viabilizar projetos em
outros áreas. Equacionar crescimento empresarial com desenvolvimento
sustentável, e destravar o relacionamento político com o governo do Estado.
Reintegração
Os fundos da área do Distrito Industrial de Marabá,
o mais importante do Pará, está invadido há anos, por supsotos sem-terra,
e nova diretoria quer uma solução para o imbróglio. “Acredito que o
governador se sensibilize e mande resolver essa situação de uma vez por todas
para continuarmos a nossa trajetória de desenvolvimento e geração de empregos
para a sociedade da região”, finalizou João Tatagiba.
Anvisa
No fechamento da Coluna, ontem, quinta-feira (10),
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a resolução que
libera a aplicação de vacinas contra a covid-19 em caráter emergencial, mesmo
que as imunizações estejam em fase de testes.
Autorização
Contudo, para serem autorizados, os laboratórios
interessados precisam se reunir com a Anvisa e submeter a documentação à
aprovação emergencial. Caso fossem necessários todos os trâmites, a liberação
levaria pelo menos dois meses. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que foi
confirmado o primeiro caso de reinfecção por covid-19 no Brasil. Trata-se de
uma médica que trabalha na linha de frente em Natal, no Rio Grande do Norte.
Lá e aqui
Como nos Estados Unidos e no Reino Unido a vacina
da Pfizer-Biotech já está sendo aplicada, e um grupo de governadores quer a
aprovação da Anvisa em até 72 horas para a imunização da Pfizer, que está
próxima de fechar acordo com o Ministério da Saúde. Em São Paulo, o governador
João Doria (PSDB) afirmou que Instituto Butantan iniciou nesta quinta (10) a
produção da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac
em parceria com o Butantan.
Efemérides
Nesta sexta-feira (11), comemora-se duas
efemérides. O “Dia do Engenheiro”, e o “Dia da Montanha”. Lembrando que o
Brasil nunca precisou tanto de bons engenheiros. E quem não gosta de admirar
uma montanha, essa dádiva de Deus a todos nós.
Fotos
Já montou a sua árvore de Natal? Caso positivo,
mande uma foto para o e-mail valandre@agenciacarajas.com.br,
que as mais bonitas serão publicadas nas próximas Colunas até o final do ano.
Não esqueça de informar no e-mail o seu nome e a
cidade em que reside.
— Capriche na foto.
De volta na semana que vem
Aos milhares de leitores da Coluna, avisamos que
estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias
que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui
no Blog do Zé Dudu.
Evite sair de casa. Se sair de casa use máscaras e
use álcool gel nas mãos e não fique em lugares com aglomeração de pessoas,
mesmo ao ar livre. Cuide de sua saúde e da sua família. Um ótimo final de
semana a todos.
Val-André Mutran
– É correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.
Esta Coluna não reflete,
necessariamente, a opinião do Blog do Zé Dudu e é
responsabilidade de seu titular.