Publicado em 19/03/2021 - 15:35 Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro (Foto: )
A Petrobras anunciou hoje (19) que o
preço médio da gasolina em suas refinarias terá redução de R$ 0,14 por litro, o
que representa uma queda de 4,95%. O reajuste começa a valer a partir de amanhã
(20). O preço médio do combustível ficará em R$ 2,69 por litro. O diesel não
sofre alteração, permanecendo em R$ 2,86 por litro.
O impacto do reajuste nas refinarias,
porém, não repercute de forma imediata no custo da gasolina nos postos de
combustível. De acordo com nota divulgada pela estatal, as variações para mais
ou para menos estão associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio e
têm influência limitada sobre o valor repassado aos consumidores finais.
"Como a legislação brasileira
garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança
no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de
combustíveis. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e
estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além
das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de
combustíveis", diz a nota.
Esta é a primeira redução anunciada
em 2021. Desde janeiro, o preço médio da gasolina já havia sofrido seis
aumentos. Com o novo anúncio, o combustível passa a acumular alta de R$ 46,2%
desde o início do ano. Já o diesel subiu 41,6%.
A sequência de aumentos gerou
críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro. No mês passado, ele anunciou mudança no comando da Petrobras,
indicando general Joaquim Silva e Luna para a presidência. Ele deverá
substituir Roberto Castello Branco, cujo mandato se encerra amanhã (20). O
anúncio da troca gerou queda nas ações da empresa.
Na terça-feira (16), o Comitê de
Pessoas da Petrobras considerou que Luna preenche os requisitos legais para a
indicação e o considerou apto para exercer o cargo. O general precisa ainda ser
eleito em assembleia geral dos acionistas convocada para o dia 12 de
abril. Em seguida, seu nome deve ser aprovado pelo Conselho de Administração da
estatal, composto por 11 membros. Sete deles são indicados pela União que é a
acionista majoritária, três pelos demais acionistas e um pelos empregados.
Edição: Valéria Aguiar