Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília Atualizado em 28/04/2021 - 19:26 (Foto: )
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a
Agência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram nesta quarta-feira (28) o
resultado do edital de chamamento público para selecionar empresas com
interesse em realizar operações de lançamentos de veículos espaciais não
militares a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O
evento, ocorrido em Brasília, contou com a presença do presidente Jair
Bolsonaro, ministros e integrantes das Forças Armadas.
O presidente Jair Bolsonaro, durante
o anunciou dos nomes das empresas selecionadas para parcerias no Programa
Espacial de Alcântara. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
São quatro as empresas selecionadas,
cada uma responsável por operar uma unidade do CEA. A Hyperion, dos Estados
Unidos (EUA), vai operar o sistema de plataforma VLS. A Orion Ast, também
norte-americana, ficará responsável por atuar no lançador suborbital. A
canadense C6 Launch foi escolhida para operar a Área do Perfilador, que também
é um ponto de lançamento, e a Virgin Orbit, outra empresa dos EUA, atuará no
aeroporto de Alcântara, que faz parte da base. A expectativa é que as primeiras
operações de lançamento tenham início em 2022.
Um outro edital, lançado no último dia 16 de abril, vai selecionar empresas para atuar
na Área 4 do Centro Espacial.
Segundo o comandante da FAB,
tenente-brigadeiro do ar Batista Júnior, a operacionalização da Base de
Alcântara vai ter impactos positivos no desenvolvimento do programa espacial
brasileiro.
Tenente-brigadeiro do ar Batista
Júnior., por Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"Para o Brasil, a implantação do
Centro Espacial de Alcântara implicará ainda no intercâmbio de experiências, no
aperfeiçoamento técnico de recursos humanos, da nossa infraestrutura, no
desenvolvimento de novos projetos e processos e no aumento do nível de
prontidão operacional, advindos da cadência de lançamentos esperada",
afirmou. Ele também espera maior desenvolvimento do mercado de serviços e
da indústria aeroespacial.
"Nós lançamos, desde 2019 até
agora, quatro satélites. Vêm outros pela frente. Essa é a decolagem do programa
espacial brasileiro", comemorou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos
Pontes.
Ministro da Ciência e Tecnologia,
Marcos Pontes, durante o anunciou dos nomes das empresas selecionadas para
parcerias no Programa Espacial de Alcântara. - Fabio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil
Acordo de Salvaguardas
Em 2019, o Brasil e os Estados
Unidos firmaram um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST). Por
meio desse acordo, o país tem a possibilidade de lançar foguetes e espaçonaves,
nacionais ou estrangeiras, que contenham partes tecnológicas norte-americanas.
Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da tecnologia contida nesses
equipamentos. Atualmente, aproximadamente 80% dos equipamentos espaciais do
mundo possuem algum componente norte-americano.
O Centro Espacial de Alcântara está
localizado em uma posição estratégica para o lançamento de satélites. A sua
proximidade com a linha do equador pode reduzir em cerca de 30% o consumo de
combustível. A amplitude de lançamento de mais de mais 100 graus permite
inserir cargas úteis em órbitas polares e equatoriais. A região também
apresenta condições climáticas favoráveis, com tempo estável ao longo do ano,
baixa interferência de fenômenos atmosféricos e ausência de eventos como
terremotos e furacões. Além disso, é uma região de baixa densidade demográfica
e baixo tráfego aéreo e marítimo, também consideradas características
vantajosas.
Veja na íntegra:
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Empresas
concorreram em edital de chamamento público
Por Pedro Rafael
Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 28/04/2021 - 19:26
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a
Agência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram nesta quarta-feira (28) o
resultado do edital de chamamento público para selecionar empresas com
interesse em realizar operações de lançamentos de veículos espaciais não
militares a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O
evento, ocorrido em Brasília, contou com a presença do presidente Jair
Bolsonaro, ministros e integrantes das Forças Armadas.
O presidente Jair Bolsonaro, durante
o anunciou dos nomes das empresas selecionadas para parcerias no Programa
Espacial de Alcântara. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
São quatro as empresas selecionadas,
cada uma responsável por operar uma unidade do CEA. A Hyperion, dos Estados
Unidos (EUA), vai operar o sistema de plataforma VLS. A Orion Ast, também
norte-americana, ficará responsável por atuar no lançador suborbital. A
canadense C6 Launch foi escolhida para operar a Área do Perfilador, que também
é um ponto de lançamento, e a Virgin Orbit, outra empresa dos EUA, atuará no
aeroporto de Alcântara, que faz parte da base. A expectativa é que as primeiras
operações de lançamento tenham início em 2022.
Um outro edital, lançado no último dia 16 de abril, vai selecionar empresas para atuar
na Área 4 do Centro Espacial.
Segundo o comandante da FAB,
tenente-brigadeiro do ar Batista Júnior, a operacionalização da Base de
Alcântara vai ter impactos positivos no desenvolvimento do programa espacial
brasileiro.
Tenente-brigadeiro do ar Batista
Júnior., por Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"Para o Brasil, a implantação do
Centro Espacial de Alcântara implicará ainda no intercâmbio de experiências, no
aperfeiçoamento técnico de recursos humanos, da nossa infraestrutura, no
desenvolvimento de novos projetos e processos e no aumento do nível de
prontidão operacional, advindos da cadência de lançamentos esperada",
afirmou. Ele também espera maior desenvolvimento do mercado de serviços e
da indústria aeroespacial.
"Nós lançamos, desde 2019 até
agora, quatro satélites. Vêm outros pela frente. Essa é a decolagem do programa
espacial brasileiro", comemorou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos
Pontes.
Ministro da Ciência e Tecnologia,
Marcos Pontes, durante o anunciou dos nomes das empresas selecionadas para
parcerias no Programa Espacial de Alcântara. - Fabio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil
Acordo de Salvaguardas
Em 2019, o Brasil e os Estados
Unidos firmaram um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST). Por
meio desse acordo, o país tem a possibilidade de lançar foguetes e espaçonaves,
nacionais ou estrangeiras, que contenham partes tecnológicas norte-americanas.
Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da tecnologia contida nesses
equipamentos. Atualmente, aproximadamente 80% dos equipamentos espaciais do
mundo possuem algum componente norte-americano.
O Centro Espacial de Alcântara está
localizado em uma posição estratégica para o lançamento de satélites. A sua
proximidade com a linha do equador pode reduzir em cerca de 30% o consumo de
combustível. A amplitude de lançamento de mais de mais 100 graus permite
inserir cargas úteis em órbitas polares e equatoriais. A região também
apresenta condições climáticas favoráveis, com tempo estável ao longo do ano,
baixa interferência de fenômenos atmosféricos e ausência de eventos como
terremotos e furacões. Além disso, é uma região de baixa densidade demográfica
e baixo tráfego aéreo e marítimo, também consideradas características
vantajosas.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira