Estudantes do povo Parkatêjê podem se inscrever para o projeto piloto (Foto: )
A mineradora Vale, em parceria com o Instituto
Sociedade População e Natureza (ISPN), lançou edital para concessão de bolsas
para estudantes indígenas regularmente matriculados em cursos de graduação em instituições
de ensino superior públicas e privadas no Brasil. As bolsas fazem parte do
Programa Indígena de Permanência e Oportunidade na Universidade (PIPOU).
No projeto piloto, podem se inscrever estudantes
indígenas de relacionamento com a Vale dos povos Parkatêjê, Kyikatêjê e
Akrãtikatêjê (TI Mãe Maria – em Bom Jesus do Tocantins, sudeste do Pará),
Guajajara (TIs Rio Pindaré e Caru, no Maranhão); Tupiniquim e Guarani (TIs
Tupiniquim Guarani, Caieiras Velhas II e Comboios, no Espírito Santo); e Krenak
(TI Krenak, em Minas Gerais). As inscrições vão até o dia 10 de setembro e
poderão ser feitas no site do ISPN.
O resultado do processo seletivo será divulgado no
site do ISPN em 30 de setembro. A ideia é que a iniciativa seja ampliada no
próximo ano, contemplando estudantes indígenas de todo o país.
Segundo a Vale, o objetivo é estabelecer
estratégias de apoio à permanência da população indígena nas universidades.
Nesse primeiro edital, serão disponibilizadas 50 bolsas de estudo, no valor de
R$ 1 mil por mês, além de um computador portátil para os alunos que preencherem
os critérios estabelecidos.
A seleção dos candidatos será realizada por equipe
técnica da Vale e do ISPN, além de especialistas na área da educação. Um dos
principais critérios da seletiva será a proposição de projetos que tragam
benefícios às comunidades indígenas, nos campos da educação escolar, gestão
territorial e ambiental, saúde, fortalecimento da associação indígena, entre
outros.
As propostas podem ser inéditas ou de
aperfeiçoamento de ações já em curso nas aldeias. Para maiores informações, os
interessados podem acessar o Link: https://ispn.org.br/ e
Pipou-bolsas@ispn.org.br.
“Essa iniciativa reforça o nosso compromisso com os
Povos Indígenas e está em linha com nosso pilar estratégico de Novo Pacto com a
Sociedade. Temos uma relação de longa data com esses povos e poder contribuir
por meio da educação é um diferencial que a Vale acredita fortemente que possa
fomentar o protagonismo e autonomia desses indivíduos”, afirma Camilla Lott,
gerente executiva de Gestão Social da Vale.
A Vale destaca que atua com foco no relacionamento
construtivo, de benefícios mútuos, baseado no respeito à diversidade cultural e
aos direitos dessas populações, reconhecendo a relação diferenciada que têm com
o território, que envolve não só aspectos físicos e socioeconômicos, mas também
culturais e espirituais. A mineradora enfatiza que, entre suas diretrizes para
relacionamento com Povos Indígenas, estão a contribuição para o
etnodesenvolvimento dessas populações; e o respeito e promoção dos direitos,
culturas, costumes, patrimônio e à subsistência dos Povos indígenas e
Comunidades Tradicionais.
Tina DeBord- com informações
da Vale
Fonte Ze Dudu