POR ESTADAO CONTEUDO
ECONOMIA APOIO SOCIAL
Enquanto o governo federal mostra dificuldade em emplacar o Auxílio
Brasil, programa para substituir o Bolsa Família, o presidente da República,
Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 18, que o Executivo vai resolver a
extensão do auxílio emergencial ainda nesta semana. De acordo com Bolsonaro, o
valor do benefício, não explicitado por ele, foi decidido em reunião no último
sábado com os ministros Paulo Guedes, da Economia, e João Roma, da Cidadania.
"Se Deus quiser, resolveremos essa semana a extensão do auxílio
emergencial", disse o presidente na cerimônia de lançamento do programa
Jornada das Águas, em São Roque de Minas (MG).
Atualmente, o auxílio emergencial paga de R$ 150 a R$ 375 mensais.
"Devemos resolver também esta semana a questão do preço do diesel",
acrescentou Bolsonaro, também sem detalhar de que forma o governo lidará com a
questão.
Criado para amortecer os impactos econômicos da covid-19 sobre os mais
vulneráveis, o auxílio emergencial vence em outubro. João Roma já havia dito ao
Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), no final de
setembro, que a possibilidade de prorrogar o benefício era discutida no
governo.
A equipe econômica, no entanto, é contra a extensão por se tratar de uma
despesa extraordinária que fica fora da regra do teto de gastos.
Durante o evento, Bolsonaro também disse que o governo trabalha para
conter a inflação por meio do estímulo ao agronegócio. "Creio que
brevemente a inflação começará a diminuir", afirmou o presidente, que
ainda declarou não vislumbrar a possibilidade de desabastecimento no País.
A fala vem após o chefe do Executivo alertar por diversas vezes que a
falta de fertilizantes no mercado levaria a um desabastecimento no Brasil no
ano que vem.