Estiveram, nesta sexta-feira (4), em Marabá,
Adalberto Tokarski, dretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq); Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró-Logística da
Aprosoja; e Renato Guimarães Silva, diretor executivo da Agência de
Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte (Adecon).
Eles vieram a convite da Associação Comercial e
Industrial de Marabá (ACIM) para, junto com a diretoria da entidade empresarial
local, discutir estratégias a fim de destravar o Projeto de Derrocagem do
Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, cuja Licença Ambiental está engavetada no
Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em
Brasília (DF), há mais de um ano, aguardando a emissão.
Tokarski apontou justamente o pedral como um dos
empecilhos para a navegação no Rio Tocantins durante o ano inteiro. Segundo
ele, o objetivo é fazer um trabalho para destravar isso. “Então, a ideia é
debater e, se possível, sair com uma estratégia de atuação para destravar esse
processo de derrocamento do Pedral do Lourenço”, reforçou.
“Momentaneamente, o que está travando é o
Licenciamento Ambiental. Tradicionalmente, no Brasil, determinados
empreendimentos têm alguma dificuldade em obter o Licenciamento Ambiental, mas
o que se pode dizer é que, no caso do pedral, esse processo está demorando
demais. Então, o que acontece? Eu, especificamente, sou um defensor da Hidrovia
Tocantins-Araguaia. A ideia é exatamente debater com a Associação Comercial
como agir no sentido de viabilizar isso,” resumiu.
Edeon Vaz Ferreira lembrou que o Movimento
Pró-Logística já trata da questão do derrocamento do Pedral do Lourenço há 12
anos, porque é necessário navegar no Rio Tocantins durante o ano todo: “Só com
a navegação perene nós vamos conseguir ter um número significativo de produtos
que poderão ser transportados pela hidrovia”.
Ele afirma que até daria para navegar por cinco ou
seis meses durante o ano, mas o problema é que os próprios armadores não querem
ficar pouco tempo, querem trabalhar o ano todo. “Então, essa é a nossa preocupação
e nós verificamos o seguinte: as estratégias que adotamos até agora, que têm
sido basicamente em cima das ações do Dnit [Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes], não são suficientes. Então, nós viemos
conversar com a Associação Comercial, trocar ideias, montar uma estratégia, de
repente, de outro tipo de ação,” afirmou.
Durante a reunião, várias sugestões foram
apresentadas pelos representantes dos três órgãos convidados e todas apontavam
em uma só direção: é necessário que, a partir da primeira ação em busca de
solução para a emissão da Licença Ambiental, exista persistência – que todos os
interessados estejam sempre presentes nos órgãos responsáveis, exercendo
pressão constante, até que se tenha uma solução satisfatória.
Ou seja, a luta não pode parar, não pode haver
intervalos, solução de continuidade. É necessário o engajamento de todos o
tempo inteiro, sem trégua, em busca do derrocamento, uma obra muito relevante
para o desenvolvimento de Marabá e região. Uma reunião remota, marcada para a
tarde do próximo dia 21, já terá propostas pensadas pela Antaq, Adecon e
Aprosoja para que seja dada a largada em busca do destravamento de tão
importante obra.
“Na verdade, essa reunião foi de alinhamento entre
Antaq, Adecon, Aprosoja e Associação Comercial de Marabá. Nós discutimos quais
poderão ser as próximas estratégias a serem adotadas para que a gente consiga
avançar no Licenciamento Ambiental do Pedral. Haja vista que esse processo está
no Ibama, não tem progredido, nós temos procurado destravar e não temos obtido
êxito,” disse o Presidente da ACIM, João Tatagiba.
Ele afirmou que a intenção agora é irmanar,
inicialmente, essas quatro entidades, para estudar, fazer um trabalho conjunto
e chegar à conclusão sobre qual a melhor forma de trabalhar com a bancada do
Pará no Congresso, com o governo federal, com a sociedade local, para que se
consiga persuadir e “fazer um trabalho literalmente de pressão mesmo no órgão
para conseguir avançar e conseguir essa Licença Ambiental”.
“Eu acho que o tempo está exíguo, nós não podemos
esperar mais. É uma obra fundamental para o desenvolvimento da região. Então,
queremos fazer um trabalho mais estratégico, com mais inteligência, e que a
gente consiga resolver, porque já esperamos muito. Agora é trabalhar de uma
forma mais alinhada, mais efetiva com os outros órgãos para a gente conseguir
atingir os nossos objetivos quanto ao Pedral do Lourenço,” concluiu.
(Ascom/Acim)
ZE DUDU