O novo RG tem proteção antifraude (Foto: )
Brasília – Após uma
longa gestação, o governo federal lança nesta quarta-feira (23/2), em cerimônia
comandada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) o Registro Geral (RG) único. O
presidente assinará decreto que estabelece que a partir de hoje o número do CPF
será adotado como padrão de identificação em todo o território nacional de
maneira obrigatória até 6 de março de 2023.
Pelo novo modelo, o documento poderá ser acessado
também pelo aplicativo do Gov.br. A previsão é de que ele deixe de ser impresso
na forma física em até 10 anos.
O principal objetivo da unificação do RG é coibir
fraudes. Por falta dessa centralização, hoje é possível retirar uma identidade
em cada uma das unidades da federação. Essa falha gera o risco, por exemplo, de
um benefício social ser expedido mais de uma vez para a mesma pessoa e
quadrilhas de fraudadores se aproveitam dessa brecha no sistema.
O projeto de RG vai além. Será possível cadastrar,
ainda, informações sobre a saúde do titular, tais como tipo sanguíneo e fator
RH, além da disposição em doar órgãos. No novo documento que será impresso ao
cidadão, em formato de cartão plástico, ao modo dos cantões bancários, haverá
um chip antifraude embutido.
Para emiti-lo, o cidadão continuará procurando as
secretarias de segurança nos estados. Caberá a elas fazer o registro no
cadastro único federal unificando as informações num único Banco de Dados
Central sob guarda do governo federal. É assim que 100% dos países membros da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) procedem. O
organismo estuda o ingresso do Brasil no clube restrito.
Para quem já tem o RG antigo poderá continuar usando por até 10 anos. Aqueles
com 60 anos ou mais poderão manter o anterior por tempo indeterminado.
O trabalho foi coordenado pela Secretaria de
Modernização do Estado da Secretaria Geral da Presidência da República junto
com o Ministério da Economia.
Reportagem: Val-André
Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.
ZE DUDU