Os ministros do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) reforçaram nesta quinta-feira (25) a proibição de entrar
com celular em cabines de votação. O presidente da corte, Alexandre de Moraes,
disse que a medida evita violação do sigilo do voto, coação do eleitor e
tentativas de que alguém grave a votação para tentar difundir a tese de que há
fraude nas urnas eletrônicas. O TSE respondeu a uma consulta do União Brasil
sobre a proibição de entrada nas cabines com celulares e outros aparelhos, como
máquinas fotográficas.
Moraes disse que ouviu preocupações
de comandantes das polícias militares, em reunião feita na quarta (24), sobre
tumulto em locais de votação por causa do uso dos celulares. “O eleitor ou a
eleitora ao ingressar, com o celular, ele o entrega junto com o documento de identidade
ao mesário, vota, e depois retira normalmente o seu celular”, disse o
presidente do TSE.
O ministro reforçou que é crime
eleitoral entrar na cabine de votação com esses aparelhos. Moraes também
decidiu, em portaria assinada na terça-feira (23), levar diretamente ao
plenário do TSE, ou seja, para a avaliação de todos os ministros, decisões que
forem tomadas individualmente pelos magistrados sobre propaganda eleitoral. Um
exemplo deste tipo de decisão é a suspensão da veiculação de determinado candidato
por ferir a legislação eleitoral.
O presidente do TSE ainda confirmou
que Cármen Lúcia segue entre os responsáveis pelos processos que tratam de
propaganda eleitoral, mesmo após a ministra se tornar membro titular da corte.
Em geral, estes processos ficam nas mãos de ministros substitutos. A medida foi
vista no tribunal como forma de evitar que Kássio Nunes, indicado de Jair
Bolsonaro (PL) ao STF e substituto no TSE, cuidasse desses processos.
Na sessão desta quinta-feira do TSE,
Moraes lembrou que parte das correntes de fake news sobre fraudes nas urnas usa
vídeos feitos por eleitores em locais de votação. “Na hipótese de desrespeito a
essa norma [proibição do uso do celular na cabine], o mesário avisa o juiz
eleitoral, que chamará a PM, e tomará as medidas necessárias”, disse Moraes.
O TSE ainda decidiu que, em casos
excepcionais, o juiz eleitoral pode terminar o uso de detectores de metais
portáteis nos locais de votação para evitar a entrada dos celulares.
O tribunal ainda vai mudar a resolução com regras sobre as eleições para ser
mais assertivo na proibição do uso dos celulares. (A Notícia Portal / com
informações do Dol Diário Online).