
O Banco Central é um dos órgãos que participa do segundo mutirão nacional de negociação de dívidas e orientação financeira deste ano (Foto: )
Brasília – Que tal
terminar o ano sem dívidas e com o nome limpo? É o que propõem o Banco Central,
Procon, Febraban, dentre os órgãos participantes em todo o país. Ao longo de
todo este mês, de hoje (1º) até o dia 30 de novembro, pessoas endividadas terão
a oportunidade de renegociar suas dívidas, com desconto e parceladas que caibam
no bolso do público-alvo, no segundo mutirão nacional de negociação de dívidas
e orientação financeira deste ano.
Podem participar do mutirão pessoas físicas com
débitos em atraso com bancos e demais tipos de instituições financeiras, desde
que a dívida não esteja atrelada a bens dados em garantia. As negociações podem
ser pedidas por meio da plataforma Consumidor.gov.br ou
pelos canais diretos das instituições participantes, disponíveis na página do
mutirão (clique e acesse aqui).
No site do mutirão, o interessado também terá
acesso ao link do Registrato,
sistema do Banco Central que informa todos os relacionamentos do cidadão com o
sistema financeiro. A página permite a consultas sobre informações de dívidas
com bancos e órgãos públicos, cheques devolvidos, contas, chaves Pix e
operações de câmbio. A página da ação conjunta também dará acesso à plataforma
de educação financeira Meu
Bolso em Dia, da Febraban.
Segunda
edição do mutirão
Neste ano, o mutirão alertará os cidadãos sobre o superendividamento
e a possibilidade de pedir renegociação, conforme previsto na Lei nº 14.181/2021.
Pela lei, os cidadãos superendividados têm direito a renegociar o valor global
do débito, simultaneamente com todos os credores. Segundo o BC, isso permite
acordos mais vantajosos do que negociar uma dívida com cada banco.
O BC orienta as pessoas com suspeita de
superendividamento a não renegociar os débitos pelo mutirão. Segundo o órgão,
as pessoas devem buscar ajuda especializada nos órgãos de proteção e defesa do
consumidor, cujos links estão disponíveis na página da ação conjunta (aqui).
Segundo o governo, no último mutirão, realizado em
março, foram negociados 1,7 milhão de contratos em atraso durante 25 dias. De
acordo com o BC, o endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional
(SFN) alcançou 52,9% da renda familiar disponível em agosto. Definido como o
valor atual da dívida e os rendimentos em 12 meses, o indicador caiu 0,4 ponto
percentual em relação ao mês anterior, mas subiu 3,5 pontos no acumulado em 12
meses.
O comprometimento de renda, que equivale às parcelas
mensais divididas pela renda mensal da família, atingiu 29,4% em agosto, no
maior nível desde o início da série, em 2005. O indicador subiu 0,8 ponto
percentual na comparação com julho e de 3,9 pontos em 12 meses.
Reportagem: Val-André
Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.

