Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva anunciou hoje (29), em Brasília, os últimos 16 nomes que
completam o gabinete ministerial do novo governo. No total, o terceiro mandato
do petista contará com 37 ministérios.
O anúncio dos futuros ministros busca
contemplar a formação de uma base de apoio mais robusta no Congresso, com a inclusão
de nomes de partidos como PSD, MDB e União Brasil, que ficaram com ministérios
como Agricultura, Minas e Energia, Comunicações, Transportes e Pesca.
O PT ainda assegurou para si pastas
como Desenvolvimento Agrário e a Secretaria de Comunicação (Secom) da
Presidência, enquanto siglas aliadas no segundo turno, como PDT e PSol, ficaram
com ministérios como a Previdência Social e Povos Indígenas.
As demais pastas foram preenchidas
por Lula com personalidades de destaque em suas áreas ou pessoas de confiança
do presidente eleito, como o general Gonçalves Dias, novo titular do Gabinete
de Segurança Institucional. Por oito anos, ele foi chefe da segurança pessoal
de Lula.
Foram confirmadas também duas
ex-candidatas à Presidência da República que embarcaram na campanha de Lula de
maneira ativa: Marina Silva, que volta a preencher o Meio Ambiente, e Simone
Tebet, que ficou com o planejamento.
Todos devem assumir seus postos em 1º
de janeiro. “Esse pessoal vai começar a trabalhar e montar sua equipe, tudo isso
certamente a partir de segunda-feira (2)”, disse Lula durante o anúncio,
no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB) de Brasília. “Acho que a gente vai
começar o governo trabalhando, não vamos começar o governo vendo como é que
tá”, acrescentou.
Os nomes anunciados nesta
quinta-feira (29) foram: Gonçalves Dias (GSI); Paulo Pimenta (Secom); Carlos
Lupi (Previdência); Jader Filho (Cidades); Alexandre Silveira (Minas e
Energia); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Juscelino Filho
(Comunicações); Ana Moser (Esportes); Marina Silva (Meio Ambiente); Simone
Tebet (Planejamento); Daniela Souza Carneiro (Turismo); Sônia Guajajara (Povos
Indígenas); Renan Filho (Transportes); André de Paula (Pesca); Waldez Góes
(Integração e Desenvolvimento Regional); e Carlos Fávaro (Agricultura e
Pecuária).
“Quero que vocês façam parte da
história política desse país, de um momento em que tivemos essa coragem de
assumir o Brasil numa situação extremamente delicada”, afirmou Lula a seus
novos ministros, que o acompanharam durante o anúncio.
Lula acrescentou que ainda na
primeira semana deve realizar uma primeira reunião de gabinete. Ele pediu aos
novos ministros que sejam “democráticos” na montagem de suas equipes, garantido
diversidade nos ministérios, e também que privilegiem nomes com qualificação
técnica.
Primeiros nomes
Uma primeira lista com cinco nomes
foi divulgada por Lula em 9 de dezembro, ainda antes de sua diplomação
como presidente eleito. Nesse primeiro momento, ele era pressionado para
divulgar os titulares de pastas como Fazenda e Defesa, de modo que pudessem já
começar as articulações da nova administração.
Na ocasião, foram anunciados os ocupantes das pastas da Fazenda (Fernando
Haddad), Defesa (José Múcio Monteiro), Relações Exteriores (Mauro Vieira),
Justiça e Segurança Pública (Flávio Dino) e Casa Civil (Rui Costa).
Num segundo momento, Lula tentou abarcar nomes da sociedade civil e de
partidos aliados que sustentaram sua campanha. Em 22 de dezembro, foram
anunciados os titulares de 16 ministérios, incluindo personalidades como
Margareth Menezes (Cultura) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), bem como
membros de partidos como o PCdoB, representada por Luciana Santos (Ciência e
Tecnologia), e PSB, com Marcio França (Portos e Aeroportos).
Matéria alterada às 14h14 para
acrescentar nomes dos futuros ministros.
Edição: Kelly Oliveira
Jader Filho Cidades