Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência
Brasil - Brasília
Os cheques adotarão, a partir do
dia 2 de outubro, um novo padrão. A medida anunciada pelo Banco Central
pretende modernizar e dar mais segurança ao uso deste instrumento de pagamento.
Segundo a autoridade monetária, as mudanças dificultarão a falsificação de
cheques.
A principal mudança citada pelo
BC é a transferência de regulação do modelo-padrão dos cheques para as
instituições financeiras. Até então, cabia ao BC fazer essa regulação, que
define as características do modelo adotado.
Os ajustes terão de ser
comunicados ao BC 30 dias antes de serem implementados. A expectativa, no
entanto, é a de que não ocorram mudanças significativas, uma vez que isso
representaria custos elevados de adaptação.
Nome social
Outra novidade é a possibilidade
de uso do nome social nas folhas do talão de cheque, a exemplo do que já é
feito no Pix. Para tanto, basta o usuário entrar em contato com seu banco.
Com relação ao Grupo Consultivo
Para Assuntos de Compensação, o Grupo Compe, instituído para opinar sobre
questões relativas ao serviço de compensação de cheques, o BC deixará de ser
membro permanente, passando a ter papel de observador neste colegiado.
“A modificação do papel do Banco
Central não implicará em qualquer risco de descontinuidade às atividades desse
grupo, possibilitando maior eficiência ao delimitar a atuação direta da
autarquia nos assuntos que sejam de sua competência”, justificou o BC ao
informar que o representante da instituição participará de reuniões e
atividades do grupo apenas quando for preciso.
Apesar de os cheques serem cada
vez menos utilizados (houve redução de 97% em 27 anos), o BC registrou
movimentação de R$ 667 bilhões pela modalidade em 2021; e de R$ 666 bilhões em
2022.
Mais informações sobre as
mudanças que entrarão em vigor em outubro podem ser obtidas no site do
BC. Para
acessá-las, clique aqui.
Edição: Denise Griesinger