O chefe do Poder Executivo Estadual afirmou que as discussões devem ser
aprofundadas com bases técnicas amparadas por estudos técnicos que precisam
avançar na região. O governador paraense ponderou que a oportunidade de
exploração surge como um novo caminho de diversificação da economia, além de
geração de oportunidades e empregos para a região.
“Eu falei, em minha introdução, sobre ciência, pesquisa, tecnologia e inovação.
Não posso customizar minha fala ou enquadrar a defesa da ciência e pesquisa
quando é conveniente. Eu defendo que o Ibama permita que a Petrobras possa
pesquisar. E a partir daí, estabeleça os critérios ambientalmente corretos
definindo com a metodologia e mecanismo que pode ser feito exploração com o
menor impacto possível e, consequentemente, permitir que essa oportunidade
possa existir”, ponderou.
“Não posso admitir que a França explore petróleo nesta mesma bacia há 10 anos e
o Brasil não se permita pesquisar a oportunidade para que uma empresa da
dimensão da Petrobras possa fazer o mesmo. Me desculpem, mas entre pesquisa e
ideologia, eu fico com a pesquisa”, avaliou Helder Barbalho.
A Fronteira é considerada de grande potencial, próxima do Suriname e da Guiana,
onde já foram descobertos mais de 11 bilhões barris de petróleo. Os blocos
exploratórios da Foz foram licitados na 11ª rodada, em 2013, no Brasil. Desde
então, nenhum poço foi perfurado na área. De acordo com a agência epbr, a
Petrobras reservou US$ 3 bilhões no plano 2023-2027 para perfuração de 16 poços
exploratórios na margem equatorial.
Governador afirma que o presidente da República está atento à oportunidade –
Ainda durante o evento, o governador Helder Barbalho revelou que o presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está acompanhando os debates em torno
do tema e irá fazer uma intermediação entre a Petrobras e os órgãos ambientais
para permitir avanços em pesquisas.
“A partir de pesquisas teremos uma decisão de Estado. O Brasil avançará sobre
os processos de oportunidades na Bacia da Foz do Amazonas? Entendo que, havendo
compatibilização ambiental, esta é uma oportunidade para que possamos construir
uma economia”, avalia Helder Barbalho.
Seminário “Brasil Hoje” –
Durante a realização da palestra e respondendo aos presentes, fisicamente ou
virtualmente, Helder Barbalho voltou a sustentar com ênfase, dentro das
oportunidades geradas pela bioeconomia, a captura do CO2. Barbalho reiterou que
a monetização pelo pagamento da captura de gás carbônico pode beneficiar desde
os povos tradicionais até o agronegócio com consequências positivas para o meio
ambiente. (A Notícia Portal/ Agência Pará)