O deputado federal Celso Sabino (União-PA), pode assumir o ministério do Turismo na semana que vem (Foto: )
Na terça
Não se fala
mais em se, mas quando o deputado federal Celso Sabino (União-PA) será nomeado
novo ministro do Turismo. Nos bastidores, Sabino intensificou reuniões com
especialistas do setor e começa a alinhavar seus plano à frente da pasta. O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve nomeá-lo na próxima terça-feira
(4/7) ao cargo, e o Pará, pela primeira vez na história, terá dois ministros de
Estado. O outro é o ministro Jader Barbalho Filho, que comanda o Ministério das
Cidades.
Bancada do Pará
Recesso
fora de época
A Semana de
São João impôs um recesso fora de época que já virou moda. Sem sessões com
temas relevantes em virtude de a data ser muito importante em estados do
Nordeste e do Norte, com parlamentares ficando em suas bases, a semana foi
“morta” em Brasília, mas não nos bastidores.
Paraenses
Os deputados da bancada paraense aproveitaram para articular, nas bases, as
reuniões a fim de começar a definir apoios e acordos com os nomes que podem ser
candidatos aos executivos municipais e vereadores, nas eleições municipais do
ano que vem.
Pauta
A próxima
semana será a mais importante do ano em termos de votações. Volta à Câmara o
projeto do marco fiscal, alterado no Senado, e avança a possibilidade de
votação em primeiro turno do substitutivo da reforma tributária. O governo
conta com os 14 dos 17 votos disponíveis na bancada do Pará para aprovar os
dois projetos.
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Portugal
Em
Portugal, o deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA) participou do 11º Fórum
Jurídico de Lisboa “Desenvolvimento e responsabilidade socioambiental na
economia globalizada”, promovido pela Faculdade do ministro Gilmar Mendes, do
STF. O congressista preside a Frente Parlamentar do Empreendedorismo e
participou dos debates.
Presidente
da influente Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o deputado federal Joaquim
Passarinho (1º a esquerda) aos lados dos deputados brasileiros, participou em
Lisboa, Portugal, nessa semana, do 11º Fórum Jurídico de Lisboa a convite dos
organizadores
Política & Governos
Dnit
desmente paralização da construção da ponte sobre o Rio Araguaia, na
BR-153/PA/TO – divisa dos estados de Tocantins e Pará
Fake News
O Dnit
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) desmentiu uma fake
news que circulou na internet, afirmando que a construção da ponte do Rio
Araguaia, na BR-153, divisa dos estados de Tocantins e Pará, havia sido
paralisada.
Dentro do prazo
Em nota, o
Dnit informa que, na fase atual da obra, já foram executados 97,60% de blocos
de coroamento (em linha d’água) e blocos de coroamento (em terra), além de
93,70% dos pilares.
Boato de
embargo
“Não existe
nenhum embargo na obra da ponte Xambioá, sobre o rio Araguaia. Com 87,53% dos
serviços executados até o momento. Em agosto de 2022, as obras estavam em 70%.
A previsão de entrega da estrutura é no início de 2024”, garante o Dnit.
Adiamento e
promessas
A coluna
apurou que a ordem de serviço do projeto da ponte de Xambió foi assinada pelo
então presidente Michel Temer (MDB), em 2017. Por causa de uma disputa
judicial, as obras não saíram do papel.
Somente em abril de 2020, durante o governo Bolsonaro (PL), a construção da
ponte foi iniciada com previsão de entrega para setembro de 2022, o que não foi
cumprido.
Malfeito
Os
resultados divulgados pelo IBGE de um censo malfeito veio ao público nesta
semana e tem deixado um rastro que incredulidade e desespero. Os erros são
absurdos.
Dados do
Censo 2022
Perdas
A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) afirmou que, de acordo com os
resultados do Censo Demográfico 2022, 770 municípios vão ter perdas de
coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o equivalente a
13,9% das cidades brasileiras que não são capitais. Outros 249 municípios vão
ganhar coeficiente no FPM, enquanto 4.523 vão se manter.
Irreal
O
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que “os dados não representam com
fidedignidade a realidade do país”. Para ele, a conta “impacta diretamente” nos
recursos transferidos aos municípios, especialmente em relação ao FPM e a
diversos programas federais que consideram o porte populacional.
Inconsistências
“A
população brasileira teve uma redução de aproximadamente 4 milhões de habitantes
frente à prévia do Censo, divulgada no final de dezembro de 2022, e 10 milhões
em relação às estimativas populacionais divulgadas em 2021. Desvios muito
acentuados entre a população estimada e a efetiva, conforme se mostrou neste
Censo, apontam para erros de estimativas com sérias consequências para a gestão
municipal”, diz Ziulkoski.
Recontagem
I
“Por
entender a relevância dessa radiografia para o país, a Confederação vai atuar
no Congresso Nacional e no Executivo para que uma nova contagem populacional
seja realizada já em 2025 a fim de levantar dados efetivos e corrigir as
distorções decorrentes do levantamento”, adiantou o presidente da CNM.
Recontagem
II
A CNM
lembrou no documento que a contagem populacional é realizada a cada cinco anos,
com o objetivo principal de atualizar as estimativas populacionais de cada
município, mas não foi feita em 2015.
Recontagem
III
“Além da
não realização desses levantamentos, o Censo Demográfico teve atrasos e
intercorrências graves decorrentes da falta de verbas e estrutura destinadas à
sua realização”, diz, citando ainda problemas durante o censo, como salários
pagos com atraso aos recenseadores.
Recontagem
IV
Pela
análise da CNM, aproximadamente 61% dos Municípios dos Estados do Amazonas e de
Rondônia perderam coeficientes, seguido dos municípios do Amapá (33%), do Pará
(33%) e de Alagoas (32%). Quando se analisam os dados por região, 29% dos
municípios do Norte perderam coeficientes, enquanto o percentual para o
Nordeste é 18%; para o Centro-Oeste e Sudeste, 11%; e para o Sul, 8%.
É confusão para mais de metro na Justiça.
200-cidades-_-crescimento-Censo-2022_
Economia
Mudança
unânime
Por unanimidade, integrantes do Conselho Monetário Nacional votaram e
aprovaram, na quinta-feira (29), a alteração do regime de metas de inflação do
País, que vigorava havia 24 anos, do sistema de ano-calendário (de janeiro a dezembro),
para contínua. Fixando o alvo a ser perseguido a partir de 2025 em 3%, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Avalizado
O
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, divulgou
nota elogiando as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre as metas
de inflação. Segundo ele, foi muito positiva a decisão de manter as metas de
2023 a 2025 e adotar o alvo de 3% para 2026. “A mudança na forma de apuração,
que passa a valer a partir de 2025, alinha o nosso modelo à prática da quase
totalidade dos demais países que adotam essa sistemática, em especial os
desenvolvidos e os nossos pares emergentes”, diz Sidney na nota.
Sem teatro
O colegiado
é composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do
Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto e a decisão não foi motivo do “teatro” que radicais petistas insistem em
criticar quando qualquer decisão na qual participe o presidente do Banco Central,
autêntico tiro no pé da militância do atual inquilino do poder, e um dos
motivos que atrasam a baixa dos juros.
É o governo falando mal do governo.
Níquel
Reportagem especial publicada pelo Blog do Zé Dudu, descreve a saga da fabricação,
até a entrada no chão da fábrica, dos equipamentos do Projeto Araguaia, da
Horizonte Minerals. A mineradora pretende, na fase 2, produzir 29 mil toneladas
por ano de ferroníquel, 24 mil toneladas de níquel, 1.250 toneladas de cobalto
e níquel matte, permitindo ao Projeto Araguaia produzir, além de ferroníquel de
alta qualidade e baixa impureza, como também o níquel matte que pode ser
aprimorado para alimentar diretamente a cadeia de fornecimento de produtos
químicos para baterias de veículos elétricos.
Em vários países do primeiro mundo, há prazo para que sejam aposentados os
veículos movidos a combustível fóssil.
Considerado
o nome mais importante da agricultura brasileira, o professor e ex-ministro
Alysson Paolinelli, deixaum alegado difícil de ser superado. Com seu
desaparecimento, é desde já, um dos heróis da República
Luto
A coluna
lamenta o falecimento do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, aos 86
anos, na quinta-feira (29). Ele será enterrado nesta sexta-feira (30), as
11h00. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho
(Abramilho), entidade que Paolinelli presidia, o ex-ministro apresentou
complicações após uma cirurgia para colocar uma prótese no fêmur e chegou a
ficar quase 30 dias internado no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte.
Indicado ao
Nobel
Além das
realizações no campo político, em 2006, seu trabalho no estudo do potencial
agrícola do Cerrado associado à segurança alimentar e ao desenvolvimento
sustentável foram premiados com o World Food Prize.
Foi um dos poucos brasileiros ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo seu
trabalho que transformou o Brasil na maior potência agrícola do mundo,
garantindo segurança alimentar aos demais povos.
Fora do
jogo
TSE
condena Bolsonaro e o declara inelegível por oito anos
Julgamento começou em 22 de junho e
terminou nesta sexta-feira (30). Placar foi de 5 a 2 contra ex-presidente;
mesmo com recursos ainda possíveis, decisão já tem validade. Braga Netto foi
absolvido.
O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de
comunicação nesta sexta-feira (30). Com a decisão, a Corte declarou
Bolsonaro inelegível por oito anos, até 2030.
O
julgamento começou em 22 de junho e terminou nesta sexta, na quarta
sessão. Mesmo com recursos ainda possíveis ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal
Federal (STF), a decisão da Justiça Eleitoral já está valendo.
Bolsonaro
foi condenado pela realização de uma reunião com embaixadores
estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual difamou sem provas o sistema
eleitoral brasileiro. O encontro, ocorrido em julho de 2022, foi transmitido
pela TV oficial do governo.
Na
reunião — realizada às vésperas do início do período eleitoral — o
ex-presidente fez ataques às urnas e ao sistema eleitoral, repetindo alegações
já desmentidas de fraudes.
Na sessão
desta sexta, foram proferidos os votos de três ministros: Cármen Lúcia,
Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do TSE.
Veja
como se posicionou cada um dos sete ministros da Corte:
- Benedito Gonçalves, relator:
pela condenação
- Raul Araújo: pela absolvição
- Floriano de Azevedo Marques:
pela condenação
- André Ramos Tavares: pela
condenação
- Cármen Lúcia: pela condenação
- Nunes Marques: pela
absolvição
- Alexandre de Moraes: pela
condenação
O vice
na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, que também estava sob julgamento,
foi absolvido por unanimidade.
Acusação e defesa
A ação
analisada pelo TSE foi proposta pelo PDT. No julgamento, o advogado do partido,
Walber Agra, alegou que a reunião com embaixadores teve objetivo de
“desmoralizar instituições” brasileiras em âmbito internacional.
O
Ministério Público Eleitoral também se posicionou pela condenação e
entendeu que houve abuso de poder político. Em manifestação no julgamento, o
vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, afirmou que a “conclusão dos
autos conduzem que o evento foi deformado em instrumento de manobra
eleitoreira, traduzindo em desvio de finalidade”.
Já a
defesa de Bolsonaro afirmou que o sistema eletrônico de votação não pode ser
considerado um tema tabu na democracia, e que a reunião foi um evento
diplomático. O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho também alegou que
o ex-presidente apenas tentou propor um debate público para aprimorar o
sistema.
Votos pela condenação
A
maioria dos ministros, no entanto, votou pela condenação do
ex-presidente. Em seu voto, o relator do caso, ministro Benedito
Gonçalves disse não ser possível fechar olhos para mentiras e discurso
violento.
“Em
razão da grande relevância e da performance discursiva para o processo
eleitoral e para a vida política, não é possível fechar os olhos para os
efeitos antidemocráticos de discursos violentos e de mentiras que colocam em
xeque a credibilidade da Justiça Eleitoral”, escreveu Gonçalves.
Já
Floriano Marques citou depoimentos dos ex-ministros das Relações Exteriores,
Carlos França, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, e afirmou que as provas obtidas
ao longo do processo apontam que a reunião com embaixadores não era parte da
agenda de eventos institucionais. Para ele, ficou evidente que o “caráter
eleitoral era central naquela atividade”.
Marques
declarou que a performance de Bolsonaro na reunião foi menos de chefe de Estado
e mais um comportamento típico de campanha e distante da liturgia do cargo.
O
ministro André Tavares afirmou que a liberdade de expressão, que é um direito
fundamental, “não alberga a propagação de mentiras”.
Ele
entendeu que a reunião não foi um ato “isolado e aleatório”, mas fez parte de
uma “verdadeira concatenação estratégica ao longo do tempo, com finalidades
eleitoreiras, e para desestabilizar a democracia.
A
ministra Cármen Lúcia afirmou que Bolsonaro cometeu ataques graves e
contundentes a ministros do STF e do TSE, com informações já refutadas.
Para
ela, a reunião com embaixadores teve caráter eleitoreiro, e que o requisito da
gravidade, ou seja, o impacto do ato no processo eleitoral, foi preenchido.
Último a
votar, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Bolsonaro espalhou mentiras
na reunião com embaixadores e ao longo do processo eleitoral, com o objetivo de
instigar o próprio eleitorado e eleitores indecisos contra o sistema de votação
e a Justiça Eleitoral.
Ele
também ressaltou a responsabilidade pessoal do ex-presidente no encontro, e
disse que Bolsonaro organizou a reunião “a toque de caixa”: “De oficial só o
desvio de finalidade praticado pelo presidente da República. Itamaraty não
organizou, Casa Civil não participou. Monólogo eleitoreiro. Pauta dele,
pessoal, eleitoreiro”, disse.
“Toda a
produção foi feita para que a TV Brasil divulgasse mas, mais do que isso, para
que a máquina existente de desinformação nas redes sociais multiplicasse essas
informações, para que se chegasse diretamente ao eleitorado, como chegou”,
disse.
Moraes
afirmou que não é liberdade de expressão o ataque à lisura do sistema
eleitoral, e que o discurso do ex-presidente foi um “encadeamento de mentiras”.
Para ele, fazer isso usando a estrutura pública é abuso de poder.
Divergência
Já a
divergência pela absolvição de Bolsonaro foi aberta pelo ministro Raul Araújo,
segundo a votar.
No voto,
o ministro afirmou entender que “não há que ter limites no direito à dúvida”.
Raul Araújo concordou que Bolsonaro divulgou informações comprovadamente falsas
na reunião com embaixadores, mas entendeu inexistir “o requisito de suficiente
gravidade” para a condenação.
O entendimento
foi seguido pelo ministro Nunes Marques. Ele reconheceu que não há dúvidas
sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro, atacado por Bolsonaro. Mas
argumentou que não houve intenção eleitoral ou abuso nos atos do ex-presidente.
O
ministro também entendeu que a atuação do ex-presidente na reunião não se
voltou para obter vantagens políticas ou desacreditar o sistema. Nunes Marques
alegou que não identificou “gravidade necessária” na conduta de Bolsonaro “para
formar juízo condenatório”.
“Considero
que a atuação de Jair Messias Bolsonaro no evento sob investigação não se
voltou a obter vantagem sobre os demais contendores no pleito presidencial de
2022. Tampouco faz parte de tentativa concreta de desacreditar o resultado da
eleição”, afirmou.
Recursos
Mesmo
condenado no TSE, Bolsonaro pode recorrer à própria Corte ou ao Supremo
Tribunal Federal (STF). A defesa do ex-presidente já sinalizou que pretende
recorrer da condenação.
Há duas
possibilidades de recursos:
Recurso
que seria enviado ao próprio TSE. Nesse instrumento, a defesa aponta
obscuridades e contradições, na tentativa de reverter um eventual resultado
pela inelegibilidade e preparar terreno para outro recurso ao STF.
Esse
seria enviado so STF. O documento precisa apontar que uma eventual decisão do
TSE pela inelegibilidade feriu princípios constitucionais. O advogado de
Bolsonaro, Tarcísio Vieira, afirmou que já vê elementos para esse recurso,
seguindo na linha à restrição do direito de defesa.
Os dois
recursos têm prazo de três dias. Mas, se for apresentado primeiro o embargo de
declaração, o prazo para o recurso extraordinário deixa de contar.
Antes de
chegar ao Supremo Tribunal Federal, o recurso é apresentado ao próprio TSE, onde
caberá o presidente Alexandre de Moraes verificar se os requisitos formais
foram preenchidos.
Uma vez
o caso na Suprema Corte, os ministros que atuaram no julgamento no TSE não
participam do sorteio para a relatoria, mas não estão impedidos de votar no caso
quando ele for a plenário.
Fonte: G1
·
Bolsonaro, TSE
De volta na
semana que vem
Estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias
que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui
no Blog do Zé Dudu.
Val-André Mutran – É correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.
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