Brasil Publicada em 16/07/23 às 16:10h - 113 visualizações
Alckmin: “Reforma Tributária vai estimular exportação e reduzir Custo Brasil” Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços participa do programa “Bom Dia, Ministro” e conversa com radialistas sobre Reforma Tributária, retomada do desenvolvimento industrial e descarbonização
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O
vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio
e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi o entrevistado da semana do “Bom Dia,
Ministro”. O bate-papo com radialistas de todo o país ocorreu nesta
quarta-feira (12/7).
Ao longo de uma hora de entrevista, Alckmin teceu comentários
sobre dois principais temas em debate na agenda política do país: a Reforma
Tributária e a retomada do desenvolvimento industrial. O ministro destacou que,
para aumentar o emprego e a renda, é necessária uma agenda de competitividade
para o Brasil atrair mais investimentos e crescer mais.
Participaram do
programa as rádios BandNews São Paulo (SP); Nacional (Brasília/DF); Rádio
Itatiaia (MG); Banda B (PR); Rádio Jornal Recife (PE); BandNews Goiânia (GO);
Rádio Verdinha (CE); Rádio Difusora do Amazonas (AM); Rádio Centro América
(MT); Rádio Antena Esportiva (Niterói/RJ) e BandNews Porto Alegre (RS).
Confira os principais
trechos do programa com o ministro Geraldo Alckmin
REFORMA TRIBUTÁRIA — Eu diria que essa é uma reforma que traz
eficiência econômica, vai atrair mais investimento, vai estimular a exportação
e reduzir o custo Brasil. E o que interessa para a população: ter mais emprego
e renda. Esse é o objetivo da Reforma Tributária, uma reforma estruturante, com
eficiência econômica, que vai fazer crescer o PIB.
ATRAÇÃO
DE INVESTIMENTOS — Um dos principais itens é a Reforma Tributária, porque nós temos
já há muito tempo um sistema tributário caótico. Nós vamos sair, dar o primeiro
passo, para sair desse manicômio tributário, eu diria. O que que a Reforma faz?
Ela simplifica, então, cinco tributos. IPI, PIS e Cofins viram um só, o CBS,
Contribuição Social sobre Bens e Serviços; o estadual e o municipal, que são o
ICMS e o ISS, viram um só, o IBS. Então, você simplifica o modelo tributário e
reduz o custo Brasil. Depois, você desonera totalmente o investimento.
TRAMITAÇÃO
NO SENADO — Pequenos reparos serão feitos na Reforma Tributária pelo
Senado; por isso é bicameral, passou na Câmara, agora vai para o Senado. O
Senado deve trazer segurança jurídica para investimentos já realizados. No
futuro, nós não podemos ter mais ICMS, nós temos que caminhar para o IVA, como
é no mundo inteiro.
PROGRAMA
DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA — No dia 30 de junho, em um dia, foram vendidos
26 mil veículos, então se salvou muito emprego. Por que é transitório? Porque
nós temos certeza que os juros vão cair. Eu lá atrás comprei um Fusca, em 48
parcelas, depois troquei por uma Brasília, 48 parcelas. Sempre a prazo. Hoje,
quem compra carro, 70% são à vista, porque os juros são muito altos. Então, os
juros começando a cair, se Deus quiser, a partir de agosto, retoma a venda de
bens como automóveis. Então, o programa realmente foi muito bem-sucedido. Foram
R$
500 milhões inicialmente, esgotou tudo em três semanas, aumentamos para R$ 800 milhões.
AMAZÔNIA
— O
CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia), agora neste mês de julho, no dia 25 de
julho, nós assinaremos em Manaus o primeiro contrato de gestão com uma OS
(organização social), Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, com
interveniência do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. Qual é
o objetivo? É que a biodiversidade amazônica vire renda, vire emprego, vire empresa,
vire negócios. Então, cosméticos, indústria farmacêutica, indústria de
alimentos. (...) Tive, há três meses, lá em Manaus, na Zona Franca de Manaus, e
nós vamos ter perto de 1,6 bilhão de investimentos novos – ou novas fábricas ou
ampliações de indústrias já existentes.
RETOMADA
DO CNDI — O Brasil teve uma desindustrialização precoce. Então, nós vamos
atuar firmemente para segurar essa desindustrialização e para fortalecer a
indústria, porque a indústria é quem mais pesquisa, quem mais inova — 70% da pesquisa
e inovação são na área industrial, ela agrega valor, paga salários mais altos.
Ela é fundamental para o desenvolvimento brasileiro. O CNDI foi criado lá atrás
pelo presidente Lula, é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, para
você ouvir o setor. Quem ouve mais erra menos. Então, o CNDI foi reinstalado
depois de sete anos com 42 membros: 21 do governo, 20 ministérios e o BNDES; e
21 da iniciativa privada, aí está o setor agro, a CNI, o setor da siderurgia,
dos alimentos e da eletrônica.
ENERGIA RENOVÁVEL — O importante é a descarbonização. A
eletrificação é um caminho, mas não é o único. Se você pegar um veículo a
etanol, ele polui menos porque, quando você planta cana, você fixa carbono no
solo. Então, nós vamos ter várias rotas tecnológicas, vamos ter o veículo a
combustão com melhor eficiência energética, poluindo menos. Acabamos de dar um
estímulo para os carros com melhor eficiência energética, com o critério
ambiental. Nós vamos ter o híbrido, que no Brasil eu acho que vai ser um caminho
importante, etanol e elétrico. E nós vamos ter o elétrico puro. Vamos ter
caminhão também movido a gás. Nós vamos ter várias rotas tecnológicas, o que é
muito bom; ganha, com isso, a população.
HIDROGÊNIO
VERDE — Tem um problema de transmissão. O Ministério de Minas e Energia já
lançou os editais, já fez os leilões para ter uma grande rede de transmissão. E
o caminho é produzir a outra fase da energia, através da solar e da eólica
gerarmos hidrogênio verde, fazemos a hidrólise e tiramos o hidrogênio que é um
propulsor de energia. Nós temos outra vantagem, que é poder fazer o hidrogênio
verde do etanol, porque se a água tem 2 hidrogênios (H2O), o etanol tem cinco.
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