Deputado Joaquim Passarinho foi eleito presidente da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo e o deputado Keniston Braga, coordenador do Pará no colegiado. O mandato é de dois anos (Foto: )
Brasília – Em concorrida noite de
confraternização, na terça-feira (11), que marcou o encerramento do primeiro
semestre das atividades do Congresso Nacional, tomaram posse os membros da nova
diretoria executiva da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) para
um mandato de dois anos. Os deputados paraenses Joaquim Passarinho (PL-PA) e
Keniston Braga (MDB-PA) foram eleitos pelos pares, presidente e coordenador
regional, respectivamente.
“Assumo
neste momento um grande desafio, presidir a Frente Parlamentar do
Empreendedorismo, para defender quem emprega e paga imposto neste país! Um país
que respeita quem empreende,” disse Joaquim Passarinho, que na gestão anterior
ocupou o cargo de primeiro-vice-presidente do colegiado.
O deputado
Keniston Braga tem surpreendido os observadores da atividade parlamentar no
Congresso pela performance, considerada muito acima da média para um
congressista de primeiro mandato.
Vice-líder
do MDB na Câmara dos Deputados, o que o torna uma das vozes mais importantes
nas tomadas de decisões da legenda, e titular nas Comissões de Minas e Energia
(CME), Turismo (CTUR) e suplente na Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Braga conversou com a Reportagem do Blog do Zé Dudu.
“Na minha
avaliação, temos uma configuração política nunca vista na história do país e do
Pará. É um momento de oportunidade. Ao longo de minha trajetória construí
pontes com todas as tendências políticas e não terei dificuldade de diálogo com
nenhuma corrente partidária,” adiantou o deputado.
Ele tem
razão. O Pará nunca teve dois ministros em pastas importantes, como agora. Além
do que, o estado será o centro internacional de debates e tomadas de decisão no
campo ambiental, as quais terão repercussão mundial, com a realização da COP
30, em Belém, confirmada para outubro de 2025.
Antes,
entretanto, e de maneira imediata, com o retorno das atividades legislativas no
dia 1º de agosto, os deputados e senadores têm em suas mãos a responsabilidade
de votar a mais importante agenda econômica dos últimos 40 anos.
A FPE em revista
Desde
fevereiro, a FPE realizou 20 reuniões-almoço com temas importantes para as
votações no Congresso Nacional. Entre a lista de convidados, foram recebidos na
sede do colegiado: o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que também
é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; o ministro da
Casa Civil, Rui Costa; o ministro do Trabalho, Luiz Marinho; o ministro da
Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e a ministra do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Além dos
encontros, a frente também se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa
Weber.
A Frente Parlamentar
do Empreendedorismo, com a parceria do Instituto Unidos Brasil, tem o objetivo
de incentivar o diálogo para as discussões importantes sobre os projetos
essenciais para o fomento do empreendedorismo no país.
Composição da Nova Diretoria
Deputado Joaquim Passarinho discursa na posse
como presidente da FPE
Presidente Joaquim
Passarinho (PL/PA)
Joaquim
Passarinho é formado em Arquitetura e começou cedo na vida política,
elegendo-se vereador por Belém em 1988, e depois deputado estadual por dois mandatos,
de 2003 a 2010. Também foi secretário estadual de Obras Públicas do Pará, de
2002 a 2003 e de 2011 a 2014. Concorreu e foi eleito deputado federal em 2014,
sendo reeleito até a atual legislatura. Em 2022, Passarinho recebeu mais de 120
mil votos.
Primeiro-vice-presidente Zé
Neto (PT/BA)
Zé Neto é
formado em Direito e começou a vida política na universidade. No ano 2000, foi
eleito vereador com mais votos no município. Em 2002, foi eleito deputado
estadual, sendo reeleito em 2006, 2010 e 2014. Já em 2018, ele recebeu mais de
100 mil votos para representar o estado da Bahia em Brasília, sendo o
vice-líder do partido na Câmara. Em 2022, Zé Neto foi reeleito com mais de 120
mil votos.
Segunda-vice-presidente
Professaora Dorinha (União/TO)
Professora
Dorinha é formada em pedagogia e começou a vida política entre 1998 e 2009 como
Secretária de Educação e Cultura do Tocantins. Foi eleita deputada federal pelo
estado em 2010 e reeleita em 2014 e 2018. Em 2022, foi eleita senadora com mais
de 300 mil votos.
Senador Esperidião Amin (PP-SC) assumiu a
coordenação da FPE no Senado Federal
Coordenador Político no
Senado Esperidião Amin (PP/SC)
Formado em
Administração e Direito, Esperidião Amin começou a vida política em 1964,
quando ajudou a fundar o Partido Universitário Catarinense. Foi prefeito de
Florianópolis duas vezes e eleito governador de Santa Catarina por duas vezes,
sendo o mais novo governador brasileiro a assumir o cargo em 1982. Em 2018,
Amin foi eleito para o Senado Federal com mais de 1.2 milhão de votos.
Coordenador Político na
Câmara Sidney Leite (PSD/AM)
Sidney
Leite é formado em Jornalismo e começou a vida política em 1993, época em que
acumulava as funções de vice-prefeito de Maués e de secretário municipal de
Educação. Foi prefeito de Maués duas vezes e presidente da Associação
Amazonense dos Municípios (AAM). Em 2010 foi eleito deputado estadual com mais
de 30 mil votos e reeleito em 2014. Concorreu às eleições para a Câmara dos
Deputados em 2018, sendo eleito com 77.458 votos e reeleito em 2022 com mais de
100 mil votos.
Secretário Vitor Lippi
(PSDB/SP)
Vitor Lippi
é formado em Medicina e começou a vida política em 1995, quando foi Secretário
de Saúde de Sorocaba. Em 2005 foi eleito prefeito, cargo que ocupou por oito
anos. Nas eleições de 2014 foi candidato a deputado federal, sendo o segundo
mais votado da história de Sorocaba, com mais de 100 mil votos. Em 2022, Lippi
foi reeleito com 106.661 votos.
Secretário Danilo Forte
(União/CE)
Danilo
Forte é formado em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Foi
presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de 2007 a março de 2010,
desenvolvendo importantes ações de saneamento, abastecimento de água,
construção de aterros sanitários e casas de alvenaria para o controle da Doença
de Chagas, em benefício dos municípios com até 50 mil habitantes, em que se
concentra a população mais carente do Brasil. Atualmente, está em seu quarto
mandato como deputado federal pelo Ceará, eleito com mais de 80 mil votos em
2022.
Coordenação do Pará
Keniston
Braga é formado em Contabilidade e começou sua carreira profissional como
bancário no extinto Banco Bamerindus. Foi assessor na Prefeitura de Macapá
(AP), chefe de gabinete e secretário-geral da Junta Comercial do estado do
Amapá e representante do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),
também no estado.
Em dezembro
de 2004, chegou a Parauapebas e se adaptou bem ao lugar. Ao longo dos anos, foi
assessor na Secretaria de Fazenda, no Gabinete do Prefeito e na Secretaria de
Obras do município. Assumiu o Departamento de Arrecadação Municipal, foi gestor
de Fazenda e, a partir de janeiro de 2021 até 31 de março de 2022, comandou a
estratégica Secretaria Especial de Governo.
Desafios da FPE
Se
consolidando como uma das mais importantes e atuantes frentes parlamentares do
Congresso, os membros da FPE estão discutindo uma série de propostas para
avançar condições que promovam melhorias no ambiente de negócios. O colegiado
está estudando medidas para retirar obstáculos que impedem a ampliação das
conquistas já alcançadas e tiveram repercussão geral na economia nacional. Uma
série de diagnósticos de projetos estão em curso, adiantou o presidente Joaquim
Passarinho.
A questão
tributária está custando caro ao Brasil. O consenso no debate se concretizou em
torno da pauta tributária eleita como a grande vilã. A Câmara aprovou uma
reforma e um arcabouço fiscal que deve sofrer modificações no Senado e vai
voltar para reexame dos deputados antes da promulgação.
Diante do
diagnóstico, os esforços miram soluções e elas só poderão avançar com a
aprovação de uma reforma tributária que reorganize o sistema tributário
nacional. O Brasil já esperou 40 anos para se livrar de um verdadeiro manicômio
tributário ao qual se transformou a legislação tributária nacional.
Caso tudo
corra bem e as duas matérias sejam aprovadas, apenas em 2025 o país poderá
colher os frutos de um novo regime tributário devido ao tempo de transição
necessário para as mudanças propostas nos dois projetos.
O segundo
semestre será vital para a agenda econômica em tramitação no Congresso, e já
teve início às discussões da reforma do imposto de renda, uma das promessas de
campanha do presidente Lula em 2022.
As apostas
estão abertas, o que não pode ocorrer é continuar como está.
Por Val-André Mutran – de Brasília