Perto de completar 20 anos, a Astro Fábrica de Uniformes já planeja expansões e formar mais de 100 trabalhadores da região para atuar na empresa (Foto: Astro / Divulgação) (Foto: )
Em 2004, um ato de coragem de Dona Marta foi o
começo da história da principal fábrica e comércio de confecções profissionais
do sul do Pará: a Astro Fábrica de Uniformes. A empresa familiar, que se
aproxima de 20 anos de existência, viu o crescimento dos municípios da região,
como Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu. Nos planos para o
futuro, estão a expansão e formação de mão de obra.
Dona Marta, atualmente com 50 anos, morou em
Anápolis (GO). Ela atuava como auxiliar numa fábrica de confecções, que foi
onde aprendeu a costurar. Porém, a empresa não conseguiu se manter e abriu
falência. No acordo com os funcionários, Dona Marta conseguiu dinheiro que usou
para investir em duas máquinas de costura semi-industriais. E assim começou a
trabalhar por conta própria.
A convite do irmão dela, voltou a Ourilândia do
Norte em 2004 para trabalhar com ele. No entanto, não deu certo e ela saiu dois
meses depois. Seguiu se virando por conta própria até encontrar trabalho em uma
pequena malharia. Alguns meses depois, a malharia decretou falência e dona
Marta se viu tendo de começar do zero mais uma vez por conta própria.
Uma relíquia: a Astro Fábrica de Uniformes
original, em Ourilândia do Norte (Foto: Astro / Divulgação)
R$ 1.200,00 e duas máquinas viraram fábrica e loja
com mais de 30 funcionários
Com as várias empresas que começaram a abrir no sul
do Pará, devido à expansão da mineração, várias pessoas procuravam dona Marta
para consertos, ajustes e produção de uniformes. O nome dela foi ficando
conhecido e começou a fazer trabalhos para uma grande empresa da época.
Vendo essa oportunidade e lembrando de todas as
experiências que deram certo ou errado, decidiu começar algo do jeito dela.
Pegou algum dinheiro guardado, fez um empréstimo de R$ 600 e abriu o próprio
negócio. Foi o começo da empresa, que antes se chamava “Astro Malhas e
Confecções”, um negócio feito em casa mesmo.
“Foi com isso que comecei a história da Astro
Fábrica de Uniformes: R$ 1,2 mil de mercadoria e duas máquinas. Às vezes não
precisa de muita coisa para começar a realizar um sonho. O segredo do negócio é
esse: coragem para começar e ter persistência diante dos obstáculos, que são
vários. Mas vence! Hoje somos a fábrica mais bem equipada e desenvolvida da
região, exportando produtos até para fora do Brasil”, diz Dona Marta.
Dona Marta, a fundadora da Astro, e o filho
Welington que é a próxima geração da empresa (Foto: Astro / Divulgação)
Nova geração e o futuro da Astro Uniformes
Welington Flávio da Silva Rodrigues, filho de Dona
Marta e sócio proprietário da Astro Fábrica Uniformes, lembra que as coisas não
foram fáceis. Tudo começou pequeno, com poucas encomendas. Gradativamente,
foram chegando mais pedidos, mais pessoas para ajudar e o crescimento foi
natural. Com os contatos feitos com as empresas que atuam no sul do Pará, já
chegaram encomendas de outros estados. E então pedidos internacionais.
“Várias empresas na região compravam com a gente
mesmo. Hoje nosso catálogo de clientes inclui a Vale, a Ero Brasil, a Premix e
com isso começamos a produzir para Maranhão, Tocantins e outros estados. Mas já
mandamos para os Estados Unidos e para a França. Estamos pensando na expansão”,
conta Welington.
Para o futuro, há um projeto de gerar mais 100
empregos com mão de obra da região, dando a formação dos trabalhadores para as
áreas de corte e costura, design gráfico e vendas. Os mais de 30 funcionários
da empresa foram todos treinados na própria fábrica, que fica na avenida das
Nações, número 3508, bairro Centro de Ourilândia do Norte.
As pessoas que fazem a Astro Fábrica de Uniformes
uma das maiores empresas do segmento no Pará. No centro, Dona Marta, a empreendedora
e fundadora (Foto: Astro / Divulgação)
“Usamos material de primeira e queremos que nossos
clientes passem uma ótima primeira impressão desde a vestimenta dos
funcionários. E por que não, ganhar elogios pela identidade visual que os
trabalhadores vestem. Uniformes bem feitos mostram profissionalismo,
organização. Vendemos jalecos, dólmãs, modelos administrativos, esportivos,
comerciais, escolares e tudo com qualidade e conforto. É o que acreditamos e
defendemos por essa nossa história”, conclui Welington.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)