Em
pronunciamento feito à imprensa, na tarde desta quarta-feira (9), o presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez as suas considerações sobre a
“Cúpula da Amazônia”, que ocorreu em Belém. O encontro entre líderes de Estado
discutiu o desmatamento zero e o desenvolvimento sustentável no bioma
amazônico.
“É um fato
extraordinário a gente conseguir reunir os presidentes da América do Sul, dos
países amazônicos para discutir, pela primeira vez, uma saída conjunta e
enfatizar que, não é o Brasil que precisa de dinheiro. Não é a Colômbia que
precisa de dinheiro. Não é a Venezuela. É a natureza. O desenvolvimento
industrial que, ao longo de duzentos anos, poluiu, precisa pagar sua parte
agora. Para a gente recompor parte daquilo que foi estragado”, destacou Lula.
O chefe do
executivo federal enfatizou a notabilidade do povo amazônico e destacou a
necessidade da economia limpa. “Hoje, negar a crise climática é apenas
insensatez. Valorizar a floresta não é apenas manter as árvores em pé.
Significa dar dignidade para as quase 50 milhões de pessoas que moram na
Amazônia sul americana. Faremos isso, oferecendo oportunidades sustentáveis com
geração de emprego e renda, por meio de fomento à ciência, tecnologia e
inovação. Com estímulo à socioeconomia e com a valorização dos povos indígenas.
Com as comunidades tradicionais e seus conhecimentos ancestrais”, enfatizou.
Ações
Entre os
desdobramentos da “Cúpula da Amazônia” está o estreitamento no diálogo entre os
países envolvidos, que resulta na criação de políticas públicas específicas
para toda a região. O presidente do Brasil declarou que é urgente e necessária
uma atuação conjunta.
“A
declaração de Belém, que adotamos, reúne iniciativas concretas para o
enfrentamento dos desafios compartilhados por nossos oito países, trabalharemos
juntos no combate ao desmatamento. Na criação de um mecanismo financeiro e
apoio às ações nacionais e regionais com desenvolvimento sustentável. Na
criação de um painel técnico-científico e na criação de novas instâncias de
coordenação e participação”
Combate
“Vamos
colocar a nossa polícia federal para cuidar das nossas fronteiras. Vamos fazer
convênio com todos os países que fazem parte dos mais de 16 mil quilômetros de
fronteira seca. Vamos fazer convênio com as forças armadas de todos esses
países, com a Polícia Federal, pois da mesma forma que vamos brigar para
proteger as florestas, vamos para cima do narcotraficante e do traficante de
armas deste país. É uma tarefa que foi assumida aqui”, finalizou Lula.