Brasil Publicada em 03/10/23 às 06:29h - 375 visualizações
Operação retira ocupações de duas terras indígenas no Pará Medida cumpre determinação judicial de devolução de posse
Jornal O Niquel
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02/10/2023, Área de garimpo dentro da Terra Indígena Trincheira Bacajá, município de Altamira, no Pará. Foto: PF/Ascom (Foto: )
Uma
operação de retirada de não indígenas das terras Apyterewa e Trincheira Bacajá,
no estado do Pará, mobiliza, na manhã desta segunda-feira (2), o Ministério dos
Povos Indígenas, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força
Nacional de Segurança Pública, além de mais 11 órgãos ambientais, de segurança
pública e inteligência. Cerca de 1,6 mil famílias vivem ilegalmente na região.
De acordo
com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
(Secom), 2,5 mil indígenas dos povos Parakanã, Mebengôkre Kayapó e Xikrim,
distribuídos em 51 aldeias, vivem nas duas terras indígenas que abrangem parte
dos municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapu e Senador José Porfírio.
Há ainda registro de indígenas isolados com contato recente com não indígenas
na região.
A Secom
informou ainda que a operação acontecerá de forma semelhante a ação ocorrida na
Terra Indígena Alto Rio Guamá (Tiarg), nos municípios de Nova Esperança do
Piriá, Santa Luzia e Paragominas, no nordeste do Pará. De maio para junho o
governo negociou a saída pacífica de 1,6 mil não indígenas da terra onde vivem
2,5 mil indígenas dos povos Tembé, Timbira e Kaapor, distribuídos em 42 aldeias
próximas ao Rio Guamá.
Segundo a
Funai, a presença de estranhos no território indígena, além de representar uma
ameaça à integridade dos povos que ali vivem, também pode causar danos
ambientais, já que alguns ocupantes promovem a destruição da vegetação nativa
para praticar atividades como criação de gado e garimpo, de forma ilegal.
A medida
cumpre uma determinação judicial de devolução da posse e cumprimento do direito
de uso exclusivo das terras indígenas pelos povos originários, conforme o
previsto no artigo 213 da Constituição Federal.
Os outros
órgãos que atuam na força-tarefa são o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal, Centro Gestor e Operacional do Sistema de
Proteção da Amazônia (Censipam), Comando Militar do Norte, Ministério do
Trabalho e Emprego e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República (Secom).
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