Mapa do projeto Furnas, próximo à Marabá (PA) (Foto: )
A Ero
Copper do Brasil, anunciou que celebrou um termo de compromisso vinculativo com
a Salobo Metais SA, parte do negócio da Vale Base Metals (VBM) para avançar seu
projeto de cobre de Furnas, localizado na Província Mineral de Carajás, no
Estado do Pará. A Ero Copper terá uma participação de 60% no projeto após a
conclusão de vários marcos de exploração, engenharia e desenvolvimento ao longo
de um período de cinco anos a partir da assinatura de um acordo definitivo.
A VBM é uma
subsidiária da brasileira Vale, criada recentemente para abrigar os ativos de
metais básicos da mineradora, com a missão de destravar valor de
empreendimentos que produzem matérias-primas para baterias em meio à expansão
da eletrificação de veículos.
Em troca de
sua participação de 60%, a Ero financiará exclusivamente um programa de
trabalho de exploração e engenharia em fases e concederá à VBM até 11,0% de
transferência gratuita em futuras despesas de capital de construção do projeto.
‘’Estamos
muito satisfeitos com a oportunidade de parceria com a Vale Base Metals para
avançar no projeto de cobre de Furnas. Estamos totalmente comprometidos em
gerar valor para todas as partes interessadas, acelerando o que acreditamos ser
um projeto de classe mundial’’, disse David Strang, CEO da mineradora canadense
com subsidiária no Brasil.
‘’Esta
parceria irá alavancar os pontos fortes da VBM e da Ero, bem como a nossa visão
compartilhada para o desenvolvimento sustentável da mina’’, disse o executivo.
‘’À medida
que a construção do nosso Projeto Tucumã se aproxima da conclusão no próximo
ano, esperamos que Furnas contribua ainda mais para o crescimento da produção
de cobre na região mais ampla de Carajás e solidifique a posição do Brasil como
líder na produção de minerais críticos com baixa intensidade de carbono’’,
complementou a Ero Copper em nota.
Furnas é um
projeto de IOCG (óxido de ferro, cobre e ouro) localizado a aproximadamente 50
quilômetros a sudeste das operações de Salobo da VBM em Marabá, e a
aproximadamente 190 quilômetros a nordeste do Projeto Tucumã da Erro, no
município do mesmo nome também no sudeste do Pará. Cobrindo uma área de
aproximadamente 2.400 hectares, o projeto está situado a quinze quilômetros de
extensa infraestrutura regional, incluindo estradas pavimentadas, uma fábrica
de cimento em escala industrial, uma subestação de energia e instalações de
carregamento ferroviário da Vale.
Os esforços
de exploração e desenvolvimento da Ero se concentrarão em duas zonas discretas
de alto teor identificadas dentro do corpo mineralizado geral, conhecidas como
Zonas SE e NW, que se estendem por uma extensão combinada de aproximadamente
cinco quilômetros. O programa de trabalho inicial da empresa incluirá
perfuração de preenchimento para aumentar a confiança e a continuidade dessas
duas zonas de alto teor, bem como perfuração extensional até a profundidade
onde a perfuração anterior limitada sugere aumento de teores e espessura. A
mineralização de alto grau conhecida varia entre aproximadamente 20 a 60 metros
de espessura e foi perfurada a uma profundidade geral da superfície de
aproximadamente 300 metros (vertical).
Como parte
de seu programa de trabalho geral, a Ero pretende validar o banco de dados
histórico de perfuração de exploração, desenvolver modelos de blocos
incorporando preenchimento planejado e perfuração extensional para preparar uma
estimativa de recursos minerais que esteja em conformidade com NI 43-101, gerar
projetos de minas seletivos, realizar trabalhos de testes metalúrgicos
confirmatórios, desenvolver projetos de fluxogramas de processos, realizar
estudos geotécnicos e ambientais e promover vários programas comunitários e
sociais.
A Vale não
fez comentários adicionais ao que foi publicado pela Ero Copper, tampouco foram
citados os valores envolvidos no negócio.
* Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente
do Blog do Zé Dudu em Brasília.