Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Brasil
Publicada em 16/11/23 às 06:22h - 308 visualizações
Segunda etapa da desintrusão tem imóveis destruídos e animais abandonados na Apyterewa, em São Félix do Xingu
Os relatos de moradores vendo os próprios imóveis sendo destruídos ou os de vizinhos se acumulam nas redes sociais, enquanto a operação avança sob determinação do STF

Jornal O Niquel

Nas redes sociais, moradores da Apyterewa mostram situação dos imóveis após o desmonte pelos agentes federais (Foto: Reprodução / Redes Sociais)  (Foto: )




Desde o dia 9 de novembro, o Governo Federal passou a destruir imóveis na operação de desintrusão da Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Nas redes sociais, relatos de moradores que estão sendo expulsos trazem choro, desespero e revolta ao passo que mostram os destroços dos patrimônios que famílias levaram uma vida para erguer. Animais estão sendo deixados à própria sorte e com risco de morrerem sem os devidos cuidados. O nível de truculência dos agentes, dizem pessoas que viveram anos na área, aumentou exponencialmente.

O aviso de que a fase de notificações na Apyterewa acabou foi divulgado no dia 9 de novembro. Agora, todos os não-indígenas devem deixar a área, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), para destinação à vivência exclusiva dos indígenas Parakanã e à preservação ambiental. O cenário nas vilas da região é de destruição, ruínas, tristeza, medo e incerteza. E não há quaisquer sinais de ajuda ou compensação. Apenas a expulsão sumária de trabalhadores que se sentem acuados e humilhados.

As incursões avançam ao passo que imóveis vão sendo destruídos e animais que não podem ser resgatados vão sendo deixados para trás .

 

“Esta etapa vai ser desenvolvida com a atuação de todo o efetivo que está nas bases montadas no território. A partir do trabalho de geoprocessamento, depois da primeira etapa concluída, ficou comprovado que os técnicos visitaram praticamente a totalidade das edificações em Apyterewa. E a estimativa é que 80% do gado que estava ilegalmente na terra indígena tenha sido retirado”, diz a nota.

 


Nesta nova etapa, como comunicou o Governo Federal, começam a valer medidas como aplicação de multas de até R$ 10 mil por dia e por pessoa que permanecer na área. E ainda, retirada forçada de gado e desmonte de imóveis não-indígenas. Todas as ações estão previstas, no plano de ação que foi homologado pelo STF. A suprema corte também já ratificou, em decisões do ministro presidente, Luís Roberto Barroso, que não há mais o que discutir sobre a Apyterewa.

Sem ter como resgatar, alguns animais estão sendo deixados para trás e abandonados à própria sorte (Foto: Neia Craveiro / Jucelino Show na Net / Especial para o Fato Regional)

 

Enquanto isso, o Governo do Pará está mobilizando esforços para criar um mutirão de atendimentos às famílias que foram obrigadas a deixarem os patrimônios para trás na Apyterewa, com facilitação de acesso a benefícios sociais e programas de apoio pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). Os trabalhos contam com o programa Alepa Itinerante e o Mandato Móvel do deputado estadual Torrinho Torres (Podemos).

(Da Redação do Fato Regional)





SÃO FÉLIX DO XINGU: Desespero em Escola durante Operação de Desintrusão na Extensão Apyterewa


Um vídeo que se espalhou pelas redes sociais hoje (14) mostra cenas angustiantes de alunos em uma escola na Vila Renascer, na extensão Apyterewa, em São Félix do Xingu, sul do Pará.

As imagens mostram professores tentando acalmar crianças que choram desesperadamente ao som de sirenes e tiros ao redor da escola, com carros da polícia circulando e uma grande aglomeração de pessoas.

 

De acordo com informações preliminares, o registro aconteceu no momento em que uma mulher estava sendo presa por resistir à operação de desintrusão na extensão Apyterewa, agora em sua segunda fase.

Além das multas diárias de até R$ 10 mil por pessoa que permanece na área, a ação inclui a retirada forçada de gado e o desmonte de imóveis não-indígenas. O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de decisões do ministro presidente Luís Roberto Barroso, ratificou a legalidade da desintrusão, não admitindo mais discussões sobre o assunto.

A situação gera preocupações quanto aos impactos psicológicos nas crianças envolvidas e destaca a tensão na região devido à operação em curso. (A Notícia Portal, Ana Luiza Oliveira)














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