Em uma reviravolta judicial, o
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma
decisão nesta quarta-feira (29) que contraria a liminar concedida por Nunes
Marques. A liminar de Marques suspendia a operação de desintrusão da Apyterewa,
no sul do Pará, com o objetivo de garantir a permanência das famílias de
colonos até a conclusão dos processos de indenização e reassentamento.
Barroso determinou que a União
Federal prossiga com o Plano de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e
Trincheira Bacajá, enfatizando que o plano em execução foi elaborado por sua
ordem e devidamente homologado nos autos. O ministro ressaltou que tal plano
não está sujeito a revisões de outros ministros, invalidando a decisão de
Marques.
A decisão de Marques, que havia
trazido um breve alívio para as famílias locais, visava garantir a permanência
dos colonos até a conclusão dos processos de indenização e reassentamento,
ordenando a paralisação imediata de ações coercitivas.
Contudo, a decisão de Barroso
reacende a incerteza sobre o futuro dessas comunidades, marcando um novo
capítulo na complexa disputa entre posse de terras e direitos indígenas. (A
Notícia Portal, Ana Luiza Oliveira)