Por g1 Sul de Minas
A Prefeitura de Pouso Alegre informou que o médico veterinário que sacrificou um pit bull no Centro de Bem-Estar Animal foi afastado de suas funções nesta sexta-feira
(5). O cão foi levado ao canil
municipal após ser apreendido nas ruas da cidade. Segundo o boletim de
ocorrência, a instituição disse que ele teria sido morto por não haver espaço
no local e por causa do histórico de agressividade.
Segundo a nota divulgada pela
prefeitura, a opção pela eutanásia foi uma “medida técnica do profissional
veterinário responsável pelo recebimento do animal, não se tratando de uma
orientação administrativa”.
Prefeitura investiga morte de pit bull que foi sacrificado em Centro de
Bem-Estar Animal, em MG — Foto: Redes sociais
A conduta do profissional será
verificada se foi ou não condizente com as normas técnicas aplicáveis. Também
foi feito um pedido de esclarecimentos ao gerente do
departamento responsável pelo Centro de Bem-Estar Animal.
Uma
sindicância administrativa foi instaurada. O médico veterinário, que é um servidor público concursado, foi afastado até que o processo administrativo seja finalizado.
Caso seja constatada inadequação na conduta profissional, a prefeitura informou
que serão aplicadas as sanções previstas na lei.
A administração municipal
reforçou que não compactua com qualquer tipo de violência contra animais. A
Polícia Civil informou que a denúncia de maus-tratos foi registrada manhã desta
quinta-feira (4) e abriu inquérito para apurar os fatos.
Entenda
O caso veio à tona após
denúncias nas redes sociais nesta quarta-feira (3). Diante da repercussão, a
prefeitura divulgou o boletim de ocorrência da apreensão do cão nas redes
sociais.
Segundo o BO, os bombeiros foram acionados pelo dono de uma loja para
capturar um cão perigoso/agressivo que estaria na frente do
estabelecimento comercial e teria avançado nele. No momento em que os bombeiros
se preparavam para capturar o cão, ele teria avançado em uma
senhora que passeava com um cachorro de pequeno porte.
De acordo com o BO, o pit bull
foi capturado e os bombeiros
o levaram para o Centro de Bem-Estar Animal. Segundo consta no BO, os
funcionários informaram que o local estava com superlotação e não tinha onde
deixar o cachorro.
Diante da superlotação e
histórico de ataques do cão, segundo o boletim de ocorrência, o centro optou pela eutanásia do animal. A justificativa seria a ameaça que o cachorro
representava à segurança pública e à população.
Repercussão nas redes sociais
O caso ganhou as redes sociais
depois que ONGs de proteção animal e vereadores fizeram publicações
questionando o método utilizado pela direção do Centro de Bem-Estar Animal.
De acordo com a postagem de uma
destas ONGs, o pit bull estava andando pelas ruas de Pouso Alegre desde o dia
29 de dezembro e ninguém havia falado sobre a agressividade do animal.
Ainda segundo a postagem, a
eutanásia foi feita em um animal sadio e que estava com medo e assustado.
“Sem dar a menor chance para
esse animal que não tinha nada, só estava perdido, sem postar uma foto, sem
tentar conseguir uma adoção que fosse, ou encontrar os donos, decidiram
eutanásia-lo por estarem sem baia. Foi morto apenas por ser um Pit Bull”.