Servidores fizeram protesto na frente da sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, nesta terça-feira (30/7) (Foto: )
O Sindicato Nacional dos
Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) recusou uma nova
proposta de reajuste salarial feita pelo governo Lula, por meio do Ministério
de Gestão e Inovação (MGI). O resultado foi a deflagração da greve dos servidores
das 11 agências reguladoras, nesta terça-feira (30).
Negociadores do MGI apresentaram
uma proposta que elevou os percentuais oferecidos às agências em comparação à
proposta anterior, do dia 11 de julho, que também foi rejeitada pela categoria,
em reunião com o minstério, na segunda-feira (29). Em nota, o Sinagências disse
que a proposta foi considerada insuficiente.
A categoria ainda fará uma
assembleia-geral para decidir sobre a nova proposta do governo, mas a tendência
é de que se mantenha a recusa.
O MGI elevou a proposta de
reajuste para o Plano Especial e Cargos de 13,4% para 14,4% O plano inclui
funcionários antigos que atuavam em órgãos que existiam antes das agências
reguladoras.
A pasta também elevou de 21,4%
para 23% a proposta para funcionários de carreira, que ingressaram por meio de
concurso público.
Enquanto representantes da
categoria estavam reunidos com o MGI, servidores das 11 agências reguladoras
realizaram um ato de protesto em frente ao prédio do Ministério. Nesta
terça-feira, os servidores voltaram à frente da sede do MGI. Durante o ato, vaiaram
a nova proposta do governo, exibiram faixas de protesto, fizeram buzinaço e
exibiram o “Zé gotinha” na UTI. Sem acordo com o governo, o sindicato manteve a
convocação para a paralisação nacional.
A previsão do sindicato é de que
a paralisação afetará serviços de fiscalização do transporte rodoviário regular
e clandestino de passageiros; de outorga de empreendimentos de energia e
mineração; de portos e aeroportos e outros.
O Sinagências representa
servidores da Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional
do Cinema (Ancine), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional
de Mineração (ANM), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A categoria pede valorização
salarial e equiparação dos profissionais com os que atuam no chamado ciclo de
gestão, a exemplo dos servidores do Banco Central, Controladoria-Geral da União
(CGU), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). Também reivindicam o fim do contingenciamento, aumento do
orçamento das agências e recomposição de cargos vagos.
De acordo com o Sinagências, a
categoria sofre com uma defasagem salarial de 40% em comparação aos
funcionários do ciclo de gestão.
* Reportagem: Val-André
Mutran – Correspondente do Blog do
Zé Dudu em Brasília.