Walisson, à esquerda, foi condenado a 17 anos de prisão. Daniel, mentor do crime e à direita, foi condenado a 18 anos. Júnior César, o piloto da fuga após a execução, teve pena de 12 anos de reclusão (Foto: Wesley Costa / Fato Regional) (Foto: )
O julgamento que levou à
condenação de Daniel Marcus Silva, Walisson Júnior Oliveira da Cunha
(“Coringa”) e Júnior César Inácio dos Santos encerrou, na noite desta
sexta-feira (23), no Fórum de Tucumã, no Sul do Pará. O trio era acusado do
assassinato do empresário Gustavo Murari. O crime ocorreu em 2021. Eles são
réus confessos do homicídio e outros crimes relacionados ao mesmo caso e foram
submetidos a um júri popular.
Faixas e cartazes na porta do
Fórum de Tucumã cobrando a punição dos três réus confessos da morte de Gustavo
Murari (Foto: Fato Regional)
Após dois dias de um longo
julgamento, os jurados decidiram pela condenação de Daniel a 18 anos de prisão
em regime fechado. Walisson foi condenado a 17 anos de reclusão. Para Júnior, a
pena imposta pelo júri foi de 12 anos de reclusão. O fato de terem confessado
deu a eles um benefício de redução das penalidades impostas. Para familiares e
amigos, a pena foi considerada muito branda. A mãe do rapaz, dona Conceição
Murari, veio de Belo Horizonte (MG) para acompanhar o julgamento.
O empresário Gustavo Murari,
morto a tiros, no dia 9 de agosto de 2021, em Tucumã, no Sul do Pará. Ele era
dono de uma cervejaria no município (Foto: Redes Sociais / Arquivo)
Gustavo Murari de Moura foi morto
com 4 tiros, no dia 9 de agosto de 2021. O inquérito policial foi presidido
pelo superintendente regional do Alto Xingu, delegado Rafhael Machado, que à
época era titular da Delegacia de Tucumã. As investigações mostram que houve um
crime passional. Daniel foi apontado pela polícia como o mandante. Walisson
“Coringa” foi o autor dos disparos. Júnior foi o piloto da moto usada no crime.
Na porta do Fórum de Tucumã, faixas e cartazes cobravam punição aos três réus
confessos.
Da esquerda para a direita estão
Júnior, Walisson ‘Coringa’ e Daniel. Os três foram submetidos a júri popular
após terem confessado o crime ocorrido em 2021 (Foto: Redes Sociais / Arquivo)
Pelas investigações, Daniel se
relacionava com Lorena, que naquele momento era ex-esposa de Gustavo. Em
determinado momento, a moça deixou o acusado de ser mandante do crime. Daniel,
segundo a PC, desconfiava que Lorena estivesse voltando para Gustavo. Foi
quando Walisson e Júnior teriam sido contratados para roubarem o celular da
mulher. A dupla conseguiu roubar o aparelho no dia 27 de julho de 2021, na
propriedade rural da mãe dela.
Foram 2 dias de um longo
julgamento que finalmente pôs fim ao caso Murari, no Fórum de Tucumã, com a
condenação dos 3 réus confessos do crime (Foto: Fato Regional)
Ainda como apontam as
investigações e confissões dos réus, após ver o celular de Lorena, Daniel
resolveu contratar a morte de Gustavo. Os três foram presos num período de 45
dias após o crime. Júnior foi solto após alguns meses detido para aguardar o
julgamento em liberdade. Permaneceram presos Daniel (desde 25 de agosto de
2021) e Walisson “Coringa” (desde 24 de setembro de 2021).
(Victor Furtado, da Redação do
Fato Regional)