Depois de uns meses de “descanso” nos rankings de geração de
emprego, o município de Parauapebas voltou com tudo. Em julho, a Capital do
Minério foi, entre 5.570 localidades, a 24ª que mais abriu postos de trabalho
com carteira assinada no país. Foi o melhor julho dos últimos cinco anos do
município que viu sua população praticamente dobrar entre o censo de 2010 e a
estimativa populacional de 2014.
A informação foi levantada pelo Blog do Zé Dudu, que
mergulhou nos dados do Cadastrado Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
liberados pelo Ministério do Trabalho no final de semana. Em julho, entre
contratações e demissões, Parauapebas apurou 1.197 empregos formais líquidos,
mais que 15 capitais brasileiras. No acumulado do ano, já são 2.070 vagas
líquidas adicionadas ao estoque local, que computa 69.901 cidadãos empregados,
sem contar os trabalhadores do setor público.
A esmagadora maioria dos postos criados no município está na
construção civil, setor que atualmente prospera no embalo do avanço das obras
físicas do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap). Vale
ressaltar, contudo, que são oportunidades temporárias, uma vez que os
trabalhadores da construção civil geralmente são dispensados assim que os
serviços são finalizados.
Capitais que geraram menos empregos que Parauapebas em
julho
- Belém
(PA) — 1.180
- Porto
Velho (RO) — 848
- Campo
Grande (MS) — 837
- Maceió
(AL) — 831
- São
Luís (MA) — 802
- Cuiabá
(MT) — 736
- Porto
Alegre (RS) — 686
- Teresina
(PI) — 522
- Aracaju
(SE) — 477
- Palmas
(TO) — 291
- Rio
Branco (AC) — 286
- Fortaleza
(CE) — 259
- Macapá
(AP) — 216
- Boa
Vista (RR) — -11
- Vitória
(ES) — -51
A título de comparação, o Blog do Zé Dudu calculou que a
quantidade de trabalhadores empregados apenas em julho na Capital do Minério é
maior que a população inteira de oito municípios do país: União da Serra-RS
(1.186 moradores), André da Rocha-RS (1.157), Cedro do Abaeté-MG (1.091), Nova
Castilho-SP (1.074), Araguainha-MT (1.006), Borá-SP (928), Anhanguera-GO (921)
e Serra da Saudade-MG (854).
Capital paraense
A metrópole paraense também foi destaque na geração de
oportunidades com registro em carteira nem julho, tendo criado 1.180 empregos
naquele mês (25ª colocação) e um total de 10.563 no decorrer deste ano. Belém
vive tempos gloriosos de abertura de vagas de trabalho, com o 13º melhor
resultado do Brasil, em grande parte devido às obras de infraestrutura para
receber a COP30 em 2025. Até lá, é possível que, com investimentos financiados
pela prefeitura local e pelo Governo do Estado, a capital paraense se transforme
no município campeão de geração de empregos no país.
Além de Parauapebas e Belém, o Pará contou em julho com mais
dois nomes importantes numa lista estendida para os 100 maiores geradores de
vagas celetistas: Castanhal, com 586 empregos (67ª colocação), e Marabá, com
540 (72ª colocação). No acumulado de 2024, Castanhal se destaca com 2.053 novos
postos formais, enquanto Marabá prospera com 3.649.