A Vale afirmou na terça-feira (31/12) que prevê produzir entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2025, em ano que será marcado por grandes aportes relacionados aos rompimentos de barragens.

No limite inferior da meta de produção de minério de ferro para 2025, haveria uma queda de quase 1% ante o estimado para 2024, de 328 milhões de toneladas, enquanto no limite superior haveria uma alta de 2,1%, informou a companhia antes do evento anual da mineradora com investidores em Nova York.

A estimativa de produção para este ano ficou dentro do intervalo previsto para 2024, que era de 323 milhões a 330 milhões de toneladas, em sua última atualização anunciada em setembro.

A mineradora também estimou que a produção de minério de ferro atingirá a faixa de 340 milhões a 360 milhões de toneladas em 2026, e ficará em cerca de 360 milhões em 2030.

Em separado, a empresa informou que iniciou o comissionamento do projeto de maximização de Capanema, que visa adicionar aproximadamente capacidade de 15 milhões de toneladas por ano de minério de ferro no complexo Mariana, em Minas Gerais.

Já do lado dos desembolsos, a companhia prevê investimentos de 3,5 bilhões a 4 bilhões de dólares em soluções de minério de ferro em 2025 e nos anos seguintes, enquanto calcula aportes de 3,7 bilhões de dólares no ano que vem em atividades relacionadas com os rompimentos de barragens em Mariana e Brumadinho ocorridos em 2015 e 2019, respectivamente.

Segundo a Vale, considerando os próximos anos, 2025 será o período com o maior aporte previsto com as atividades relacionadas aos colapsos de barragens, que incluem descaracterização de estruturas, desembolsos previstos a partir de acordos de reparação e compensação e despesas incorridas.

Os aportes relacionados às barragens devem recuar para 2,6 bilhões de dólares em 2026, seguido por 1,6 bilhão de dólares em 2027, 1,3 bilhão em 2028, além de 700 milhões de dólares em 2029 e em 2030.

Metais básicos

No caso dos metais básicos, a Vale prevê produção de 160 mil toneladas de níquel em 2024, ante meta de 153-168 mil para o ano. Para 2025, a companhia estimou intervalo entre 160 mil e 175 mil toneladas.

Já para o cobre, a mineradora projetou uma produção de 345 mil toneladas em 2024, ante meta de 320-355 mil para o ano. Para 2025, prevê intervalo entre 340 mil e 370 mil toneladas, subindo a 420 a 500 mil toneladas em 2030 e chegando a cerca de 700 mil em 2035.

Os investimentos de capital em metais para a transição energética estão estimados entre 2,5 bilhões e 3 bilhões de dólares em 2025, estável ante 2024.

Já para investimentos de capital, a projeção é de aproximadamente 6,5 bilhões de dólares para 2025, após cerca de 6,1 bilhões neste ano.

Do total, para crescimento, estão previstos entre 2 bilhões e 2,5 bilhões de dólares em 2025 e nos anos seguintes, enquanto de 4 bilhões a 4,5 bilhões de dólares em manutenção.

(Fonte: UOL Economia)

Economia, Mineração