
Ministro da Educação, Camilo Santana (Foto: Luis Fortes/MEC) (Foto: )
Brasília – O
ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo federal autorizou
a liberação de R$ 250 milhões para 1.236 obras escolares em todo o país. Os
recursos contemplam as 27 unidades federativas e serão utilizados para dar
sequência ao andamento de projetos na educação infantil, ensino fundamental e
para a entrega de quadras esportivas em ambientes escolares.
Trata-se de uma ação de macropolítica diante do
diagnóstico feito ainda na fase do gabinete de transição, que identificou mais
de quatro mil obras paradas no setor de Educação em todo o Brasil. O governo
federal deu início à retomada de ações para conclusão desses projetos. O
ministro anunciou a liberação nesta quinta-feira (9).
Os pagamentos serão viabilizados via Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e atendem tanto a estados quanto
municípios.
As quatro mil obras estagnadas na educação são
parte de um conjunto de 14 mil obras paralisadas em todo o país. O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que nos próximos dias pretende anunciar um
grande pacto de retomada da execução desses projetos, muitos deles no setor de
infraestrutura e logística.
“Existem obras paralisadas há 15 anos, há dez anos,
que podem ser recomeçadas agora, porque já têm projetos aprovados, porque já estão
semiacabadas. O dado concreto é que a gente vai tentar concluir tudo aquilo que
ficou parado. E a gente não quer saber de quem é a obra e em que período de
governo foi feita”, afirmou o presidente Lula durante a reunião do Conselho
Político da Coalizão, na última quarta-feira, (8).
Ensino superior
O Ministério da Educação (MEC) anunciou também a
abertura de 36 novos cursos superiores, totalizando 21.380 vagas em 14
instituições de ensino superior do país. A maior parte delas, 19.200, é para
cursos na modalidade à distância; as demais serão ofertadas presencialmente. A
medida está prevista em portarias publicadas no Diário Oficial União em julho
do ano passado, mas estava sem andamento.
As vagas estão distribuídas em uma diversidade de
cursos, entre eles, Administração, Publicidade e Propaganda, Gestão Pública,
Farmácia, Biomedicina, Educação Física, Turismo, Nutrição, Pedagogia, Direito,
Engenharia Civil e Ciências Contábeis.
“Além de autorizar o funcionamento de um curso
superior, cabe à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior
(Seres) também prezar pela avaliação de qualidade. Uma vez autorizados os
cursos, eles vão passar por avaliações periódicas para verificação da
qualidade. Se estiver tudo certo terão o seu reconhecimento e, de tempos em
tempos, a renovação de reconhecimento do curso,” disse o secretário de
Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Paulo Almeida.
Desde o início deste ano foram autorizadas 126 mil
novas vagas de cursos de graduação e tecnológicos. Desse total, são 112.185
vagas para a educação à distância e 14.207 para o ensino presencial.
A Administração lidera em número de novos cursos
autorizados, foram 31, seguido por Pedagogia com 26 novos cursos, Gestão de
Recursos Humanos com 18, Direito com 14 e Psicologia com 12.
Requisitos para a abertura de novos cursos
As instituições que querem ofertar um curso
superior devem estar credenciadas pelo Ministério da Educação e encaminhar um
pedido de autorização à pasta por meio do sistema e-MEC.
O processo tem etapas que envolvem a análise de
documentos como o projeto pedagógico do curso, o contrato do imóvel e o rol de
docentes, além da realização de visita a instituição sob a responsabilidade do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Caso a instituição seja aprovada em todas as
etapas, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres)
publicará ato autorizativo no Diário Oficial da União.
Por Val-André
Mutran – de Brasília
