
Secretário de Educação, Rossieli Soares, destaca a maior autonomia das escolas estaduais, por meio dos PLs aprovados. Foto: Daniel Guimarães – Nucom/Seduc (Foto: )
Nesta
terça-feira (27), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) aprovou
seis projetos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que possibilitam uma
gestão mais democrática, ativa e participativa dentro das unidades escolares.
Aprovados pelo poder Legislativo, os projetos instituem o Programa Dinheiro na
Escola Paraense (PDE), que descentraliza R$ 200 milhões, para as escolas em
2023, a Política Pública para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima e a
ampliação de gratificações para cargos de gestão escolar, incluindo
secretários, professores pedagógicos, vice-diretores, diretores e dirigentes de
ensino. Os projetos seguem, agora, para sanção do governador do Estado, Helder
Barbalho.
“Hoje, é um
dia de muita comemoração para a educação paraense. Nossos deputados estaduais
aprovaram programas que mudarão completamente a forma como nossas escolas
exercem o cotidiano. Com o PDE, a comunidade, por meio dos Conselhos Escolares,
poderá decidir o que cada escola, baseada em suas necessidades particulares,
realmente precisa. Estamos descentralizando recursos para dar maior autonomia
na ponta. Quanto mais autonomia, mais trabalho, por isso estamos equiparando as
responsabilidades com gratificações mais atrativas, inclusive criando a função
de coordenador pedagógico. Estamos fazendo tudo isso para darmos mais condições
aos nossos profissionais, para que, assim, eles possam dar maiores condições
para nossos estudantes”, disse Rossieli Soares, secretário de Educação do Pará.
Presente na
plenária, a educadora Cláudia Mello, dirigente da Diretoria Regional de Ensino
03, de Ananindeua, comemorou a aprovação dos projetos de lei. “Estamos aqui
hoje celebrando uma grande vitória, podemos falar que estamos fazendo história
neste dia 27 de junho, com o secretário Rossieli Soares e o governador Helder
Barbalho, aprovando esses projetos de lei que vão estabelecer um novo ponto de
partida na educação do Pará. Então, só temos a agradecer, isso demonstra a
valorização com os profissionais da educação e o compromisso com a educação
pública, que está sendo cada vez mais valorizada”, disse ela.
Quem também
acompanhou a aprovação dos projetos na casa legislativa, nesta terça-feira
(27), foi a educadora Danielly Balieiro, diretora da Escola Estadual do
Outeiro, da Diretoria Regional de Ensino Belém 11. “Esse é um momento histórico
para nossa educação. Falar da valorização desse grupo, que na educação é tão desvalorizado,
é muito positivo. Nós exercemos funções importantes nas escolas, tenho certeza
de que esse será muito estimulante para nosso trabalho. O PDE, desde que
soubemos, tenho certeza de que todas as escolas já estão se mobilizando,
pensando no que podemos fazer para melhorar a vida dos nossos estudantes, da
comunidade que atendemos. Isso faz com que retornemos para a escola com mais
tranquilidade e segurança”, comemorou.
Autonomia –
A fim de promover a autonomia da gestão financeira nas escolas, a Seduc
idealizou o Programa “Dinheiro na Escola Paraense”, que descentralizará, já em
2023, R$200 milhões para as 898 escolas estaduais.
A partir da
transferência anual de recursos do Tesouro estadual, o Governo desburocratiza a
implementação de melhorias pedagógicas e de infraestrutura nas escolas, e
aumenta a participação da comunidade escolar nas políticas públicas
educacionais, a partir da composição do Conselho Escolar.
Com o
Programa, as escolas serão capazes de atender às necessidades imediatas. Será
possível investir em pequenas reformas, criação de espaços pedagógicos
personalizados, aquisição de materiais didáticos e insumos para a execução
adequada do Novo Ensino Médio, entre outras demandas.
Um dos
avanços do Programa é garantir autonomia à gestão escolar, que não mais
dependerá da intervenção da Secretaria ou das Diretorias Regionais de Ensino
(DRE) para demandas que podem ser facilmente resolvidas com maior celeridade, a
partir da disponibilidade do recurso diretamente nas escolas.
Meio
Ambiente – Os deputados também aprovaram o projeto de lei que cria a Política
Pública para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima, que ofertará o
componente curricular sobre o tema, de forma obrigatória na rede estadual de
ensino e contará, ainda, com descentralização de recursos para as escolas a
partir do programa Dinheiro na Escola Paraense. O Governo do Estado, como
política de incentivo, irá considerar como novo componente de repartição dos 8%
do ICMS Verde a educação ambiental para o meio ambiente, sustentabilidade e
clima inserida de forma obrigatória na matriz curricular dos municípios. O
critério será considerado pelo Estado do Pará a partir do primeiro dia letivo
de 2024, com apuração em 2025 e repasse em 2026.
A
iniciativa está alicerçada em seis eixos temáticos. Entre as ações, também
estão previstas a instituição do Centro de Inovação e de Sustentabilidade
Ambiental da Educação Básica (Ciseb), a garantia da alfabetização na idade
certa, instituição da Rede Global de Jovens Pela Amazônia, que culminará na realização
do Encontro Global de Jovens e Meio Ambiente, em agosto de 2024, para uma
imersão de 10 dias na Amazônia paraense com estudantes do ensino fundamental e
médio do Brasil e de mais 50 países.
Reconhecimento
– Identificar e reconhecer os talentos da educação é o objetivo da Secretaria
de Estado de Educação (Seduc) ao anunciar a maior política de valorização para
cargos de gestão da educação estadual do Pará. Com investimento superior a R$58
milhões, as gratificações podem ter até 293% de aumento no início do ano letivo
de 2024.
Em caráter
essencial, o sistema de gratificação gera maior atratividade para os cargos de
gestão e estimula as equipes ao reconhecer sumariamente suas posições e acúmulo
de responsabilidades no desenvolvimento da educação estadual do Pará. Nesse
sentido, a Seduc considera 5 níveis de acordo com as complexidades de cada
unidade escolar ou regional de ensino, tendo em vista aspectos como quantidade
de estudantes, localização e índices de evasão e abandono escolar.
Diretor de
escola – Para os cargos de direção de nível 1, a gratificação deve passar dos
atuais R$711,14 para R$2.000, um aumento de 181%. Para os cargos de nível 2, a
remuneração passa de R$896,04 para R$2.300; por sua vez, os cargos de nível 3
passarão dos atuais R$1.024,05 para R$2.600; os cargos de nível 4, de
R$1.152,07 para R$2.900, já os de nível 5, de R$1.280,08 para R$3.200.
Vice-diretor
de escola – Para os cargos de vice-direção de nível 1, a gratificação deve
passar de R$355,57 para R$1.000, aumento de 181%; de nível 2, de R$355,57
R$1.200; de nível 3 de R$355,57 para R$1.400; de nível 4 de R$355,57 para
R$1.600 e de nível 5, de R$355,57 para R$1.800.
Secretário
escolar – Para os cargos de de nível 1, a gratificação passa de R$177,79 para
R$700, um aumento de 293% no salário; os cargos de nível 2, de R$177,79 para
R$805; de nível 3, de R$177,79 para R$910; de nível 4 de R$177,79 para
R$1.015,00 e de nível 5 de R$177,79 para R$1.120,00.
Coordenação
pedagógica – A grande novidade do projeto é que os coordenadores pedagógicos
terão, pela primeira vez, gratificações equivalentes. A partir de agora,
profissionais do magistério que assumirem a função passarão a ter uma
gratificação que varia entre R$1.000 e R$1.800.
Dirigente
Regional de Ensino – Os dirigentes das Diretorias Regionais de Ensino (DREs)
também serão contemplados no Projeto de Lei. O nível 1, passará de R$1.000,00
para R$1.750,00, de nível 2 de R$1.500,00 para R$2.250,00, de nível 3, de
R$2.000,00 para R$2.750,00.
Agência Pará

