Por Pedro Peduzzi - Repórter
da Agência Brasil - Brasília
Professores de universidades e de
institutos federais de educação e governo federal chegaram a um acordo,
encerrando a greve iniciada há cerca de 60 dias. O termo de acordo foi fechado
no nesse domingo (23) e será assinado na quarta-feira (26).
Segundo o Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da greve se
inicia nesta segunda-feira (24), devendo se consolidar plenamente até 3 de
julho.
“Reunido em Brasília neste fim de
semana, o Comando Nacional de Greve informa que, finalizada a sistematização
dos resultados deliberados nas assembleias da base nos estados entre os dias 17
e 21 de junho, a categoria docente definiu pela assinatura do termo de acordo
apresentado pelo governo, a ser realizada em 26 de junho, bem como pela saída
unificada da greve a partir de tal data, até 3 de julho”, informou, em nota, o
Andes.
Avanços
Em comunicado, a entidade diz
que, apesar de as propostas apresentadas pelo governo não atenderem
“adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas”, o movimento será
encerrado. No entanto, acrescenta, os termos “refletem avanços que só foram
possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já
conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura
aponta para os limites desse processo negocial”.
O Andes acrescentou que a greve
“alcançou seu limite e que estamos no momento de seguir a luta por outras
frentes”, acrescentou.
A proposta apresentada pelo
governo - acatada pelo Comando Nacional de Greve - foi a de reajuste zero em
2024, devido às limitações orçamentárias. Para compensar, foi oferecida uma
elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro
de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Edição: Kleber Sampaio