Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo (Foto: )
Um gol de Casemiro, no último dos dez
minutos de acréscimos do segundo tempo, garantiu a terceira vitória consecutiva
do Brasil na Copa América. Nesta quarta-feira (23), a seleção de Tite superou a
Colômbia por 2 a 1 no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela quarta e
penúltima rodada do Grupo B.
O resultado levou o escrete canarinho
a nove pontos, com a liderança da chave garantida, independente do que
acontecer no próximo domingo (27), contra o Equador, no estádio Olímpico de
Goiânia. Os colombianos, também assegurados nas quartas de final, concluem a
participação na primeira fase com cinco pontos, atualmente em segundo lugar,
aguardando a definição do grupo para saber a posição final.
Foram cinco alterações em relação à
equipe que goleou o Peru por 4 a 0, pela segunda rodada. Dando sequência ao
revezamento de goleiros, Weverton foi o titular na meta. Na zaga, Marquinhos
formou dupla com Thiago Silva. No meio, o volante Casemiro retornou, no lugar
de Fabinho. À frente, somente Neymar e Gabriel Jesus seguiram no time. Entraram
o meia Everton Ribeiro e o atacante Richarlison. Ao todo, são sete
remanescentes dos 11 que estrearam na Copa América, diante da Venezuela.
O Brasil teve que lidar com um
cenário atípico nos 57 jogos sob comando de Tite: sair atrás. Aos nove minutos,
o meia Juan Cuadrado cruzou pela direita, com liberdade, para o atacante Luiz
Díaz, livre na área, marcar um golaço de bicicleta. A seleção brasileira não
era vazada há seis partidas.
O duelo ficou da forma como a
Colômbia desejava. A equipe de Reinaldo Rueda aproximou as linhas de defesa e
meio-campo para reduzir o espaço de ação brasileiro. A estratégia funcionou.
Apesar da pressão, o Brasil sucumbiu à marcação e não assustou o goleiro David
Ospina.
Tite lançou a equipe para o ataque no
segundo tempo. Na volta do intervalo, Roberto Firmino entrou no lugar de
Everton Ribeiro. Foi dos pés do atacante que saiu o passe de calcanhar para
Neymar escapar de Ospina, antecipar-se a Gabriel Jesus (que estava mais bem
posicionado) e chutar na trave, na primeira chance real de gol brasileira.
Outra alteração mais ofensiva foi
feita na lateral esquerda, aos 16 minutos, com Renan Lodi substituindo Alex
Sandro. Aos 32 minutos, o jogador do Atlético de Madri (Espanha) cruzou e
Roberto Firmino empatou de cabeça, provocando muita reclamação dos colombianos.
Na origem da jogada, a bola bateu no árbitro Nestor Pitana. Como a posse seguiu
com o Brasil, o juiz argentino entendeu que o jogo poderia seguir. O lance foi
revisto pela arbitragem de vídeo. No fim, Pitana validou o gol polêmico, após
longa paralisação.
O duelo ficou tenso, com divididas
mais ríspidas. O Brasil seguiu pressionando e, quando o empate parecia
irreversível, veio a virada. Aos 54 minutos, no último lance da partida, Neymar
cobrou escanteio pela esquerda e Casemiro, de cabeça, decretou o triunfo
canarinho.
Igualdade em Goiânia
Mais cedo, Peru e Equador empataram
por 2 a 2 em Goiânia. Os peruanos foram a quatro pontos, na terceira posição do
Grupo B, enquanto os equatorianos chegaram a dois pontos e assumiram o quarto
lugar, com a mesma pontuação da Venezuela, ficando à frente pelo saldo de gols
(-1 a -3).
O volante Renato Tapia (contra) e o
meia Ayrton Preciado, cobrando falta, abriram 2 a 0 para o Equador no primeiro
tempo. Na etapa final, o Peru reagiu em oito minutos, com gols dos atacantes
Gianluca Lapadula e André Carrillo. Os equatorianos controlaram as ações a
partir do empate, mas o placar não se alterou mais.
Edição: Fábio Lisboa