Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

ECONOMIA
Publicada em 01/07/20 às 19:50h - 168 visualizações
O aditivo para asfalto B2Last aumenta a durabilidade das estradas e garante construção sustentável
O inovador aditivo da BASF protege as pessoas e o meio ambiente ao longo de toda a cadeia de processos

Jornal O Niquel

Solução garante melhor desempenho e menores emissões  (Foto: )


Um inovador aditivo para betume foi projetado para tornar as estradas mais duráveis. A BASF desenvolveu o aditivo em conjunto com o Instituto de Engenharia Rodoviária de Aachen, Alemanha, durante alguns anos. Disponível sob a marca B2Last®, o produto tem o objetivo refletido em seu nome, traduzido do inglês: "betume para durar". O número de veículos pesados nas estradas aumenta a cada ano e as alterações climáticas provocam condições meteorológicas extremas. As estradas são sujeitas a cargas ainda mais elevadas, geralmente exigindo substituição após dez, doze anos. "Com o aditivo, esperamos uma ampliação de até 50% no tempo médio de vida da estrada", afirma Dag Wiebelhaus, head de inovação de produtos na Divisão Operacional de Monômeros da BASF.

O novo aditivo funciona de forma diferente dos modificadores de asfalto convencionais. Ele liga componentes no betume para formar uma grade de polímero forte, porém elástica. Isso torna as estradas mais duradouras e, consequentemente, pneus de caminhão não desencadeiam buracos tão rapidamente durante os períodos de clima quente. Estudos demonstraram que o asfalto permanece estável mesmo quando a temperatura ambiente é de 10 a 15 graus Celsius mais alta do que o habitual - um aspecto essencial à medida que o verão se torna cada vez mais quente. Ao mesmo tempo, a superfície da estrada ainda tem elasticidade suficiente para evitar rachaduras em temperaturas frias. "As estradas, que são substituídas com menos frequência, não reduzem apenas os custos. Menos construções de estradas também significam menos engarrafamentos", ressalta Otto Kumberger, head de estratégia na Divisão Operacional de Monômeros da BASF.

A utilização do novo aditivo também permite a redução das emissões de betume durante a construção de estradas, uma vez que a produção e a colocação de misturas de asfalto podem ser realizadas a 135 a 145 graus Celsius e não a 160 ou 180 graus, como de costume. "Medições de um laboratório independente mostram que os vapores e aerossóis de betume, aos quais os trabalhadores de construção de estradas estão expostos, caem até 65%", diz Michael Zeilinger, gerente de Projetos. Desta forma, o inovador aditivo ajuda a cumprir já parcialmente o novo limite de exposição ocupacional durante a aplicação do asfalto. Na Alemanha, este limite foi recentemente reduzido de 10,0 para 1,5 miligramas por metro cúbico.

Além disso, o novo aditivo para asfalto permite uma redução significativa de CO2 – não só porque permite uma reparação menos frequente das estradas e menos energia na produção de misturas de asfalto. Quando o B2Last é utilizado, uma grande proporção de asfalto recuperado, ou seja, asfalto reciclado, pode ser adicionada à mistura asfáltica. Isto significa que menos material novo deve ser produzido, o que normalmente exige níveis elevados de energia e recursos que causam emissões de CO2. Experiências recolhidas de vários testes de pavimentação, incluindo a construção de uma secção de testes na estrada A96, perto de Munique, confirmaram isso. "Vimos que o B2Last interliga quimicamente o betume antigo e o novo de uma maneira eficaz", explica o gerente de projetos Michael Zeilinger. "Ao mesmo tempo, uma alta proporção de asfalto recuperado ainda permite uma excelente homogeneidade e processabilidade da mistura”, afirma.

A pedido da BASF, o Instituto de Sistemas e Infraestruturas de Transportes da Universidade de Ciências Aplicadas de Karlsruhe, Alemanha, realizou uma análise de ciclo de vida com base em testes laboratoriais e modelos de cálculo para o B2Last fornecidos pelo Instituto de Engenharia Rodoviária da Universidade de Aachen. Esse estudo mostrou que o uso de B2Last pode reduzir até 46% das emissões de CO2 e até 37% de recursos primários. E o produto também pode convencer em termos de benefícios econômicos com um potencial de economia de custos de até 24% para um ciclo de vida esperado da camada base de asfalto de 60 anos. Maior vida útil da estrada, excelente capacidade de trabalho da mistura de asfalto, menores emissões de CO2 e melhor proteção da saúde: o novo desenvolvimento promete inúmeros efeitos positivos. "Não é exagero dizer que o B2Last pode tornar a construção de estradas mais sustentável", resume o head de estratégia Otto Kumberger.

O B2Last já está disponível na Europa e, a partir de julho, na América do Norte, com planejamento de lançamento também em outras regiões.




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