Em junho, o Pará foi o quarto maior exportador do
país, movimentando 1,5 bilhão de dólares em commodities e
superando potências como o Rio de Janeiro, que exportou 1,327 bilhão de
dólares. Embora menos que junho do ano passado, quando embarcou 1,679 bilhão em
produtos genuinamente paraenses, o estado ostenta, em 2020, o segundo melhor
resultado para o mês da história. As informações foram levantadas pelo Blog do
Zé Dudu, que analisou números recém-divulgados pelo Ministério da Economia
sobre a balança comercial do Brasil no mês passado.
Os grandes responsáveis pela colheita paraense
também retornaram ao pódio. Os municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás,
primeiro e segundo no ranking nacional da produção de minério de ferro,
posicionaram-se no seleto grupo dos cinco que mais exportam. Parauapebas transacionou
510,68 milhões de dólares em commodities, enquanto Canaã embarcou
462,91 milhões em junho.
Do valor das exportações de Parauapebas, 505,11
milhões de dólares foram exclusivamente em minério de ferro. No mesmo período
do ano passado, o município embarcara 602,8 milhões de dólares em minério.
Canaã dos Carajás, por seu turno, exportou em junho deste ano 420,14 milhões de
dólares em minério; menos que os 455,5 milhões de dólares do ano passado.
Parauapebas
exporta mais que São Paulo
A pandemia da Covid-19, que se abateu sobre a
região de Carajás, pegou Parauapebas e Canaã com força e pressionou a atividade
da mineradora multinacional Vale. Antevendo corte na produção de minério em
áreas centrais para abastecimento mundial, como o Pará, o mercado assistiu à
rápida elevação dos preços, que foram pressionados por incertezas quanto à
manutenção dos embarques.
Esse fato criou um fenômeno curioso em Parauapebas.
Mesmo produzindo menos em relação ao ano passado, o maior produtor de ferro
brasileiro segue exportando mais que em 2019, no valor final. No município, de
janeiro a junho, foram extraídos 41,86 milhões de toneladas (Mt) de minério de
ferro, vendidos por 2,672 bilhões de dólares. No primeiro semestre do ano
passado, a produção física ficou em 42,38 Mt, que renderam 2,479 bilhões de
dólares.
No conjunto de todos os produtos exportados no
primeiro semestre deste ano, Parauapebas cravou 2,689 bilhões de dólares,
posicionando-se em terceiro lugar nacional e superando até mesmo a cidade mais
populosa do Ocidente, São Paulo, de onde partiram 2,633 bilhões em commodities nos
primeiros seis meses do ano.
Já em Canaã dos Carajás, a produção física de 34,77
Mt é superior às 32,25 Mt registradas no ano passado. As vendas também
aumentaram consideravelmente, passando de 1,9 bilhão de dólares em 2019 para
2,234 bilhões de dólares em 2020. No cômputo da balança, Canaã entregou 2,451
bilhões no semestre; o seu melhor desempenho desde que começou a aparecer nas
estatísticas oficiais de exportação, em 2004.
Municípios
que mais exportaram no Brasil no 1º semestre de 2020 (em dólares)
1.
Duque de Caxias (RJ): 5,056 bilhões
2.
Rio de Janeiro (RJ): 4,096 bilhões
3.
Parauapebas: 2,689 bilhões
4.
São Paulo (SP): 2,633 bilhões
5.
Canaã dos Carajás: 2,451 bilhões
6.
Paranaguá (PR): 2,232 bilhões
7.
Santos (SP): 1,733 bilhão
8.
Itajaí (SC): 1,695 bilhão
9.
São Sebastião (SP): 1,206 bilhão
10. Rio
Grande (RS): 1,146 bilhão
11. Barcarena:
1,122 bilhão
12. Maringá
(PR): 1,116 bilhão