Maior gerador de empregos formais pelo quinto mês consecutivo da
região Norte em outubro deste ano - com 9,4 mil postos entre contratados e
demitidos, com destaque para o comércio, serviços e indústria -, e o 10º do
Brasil, o Estado do Pará também estimula a geração de trabalho e renda a
microempreendedores com a promoção de cursos.
Para dezembro, estão previstos dez cursos voltados à área de mecânica
de moto, panificação e confeitarias, manutenção de celular, corte e costura,
estética e maquiagem, todos promovidos pela Secretaria de Estado de
Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
Em razão das restrições impostas pela pandemia, as feiras de
artesanato realizadas anualmente pela Secretaria, foram suspensas, mas uma
live no dia 15 de dezembro, data em que se comemora o dia da economia
solidária, abre espaço para a troca de experiências, e ainda, para dar
suporte aos empreendedores sobre articulação de estratégias de vendas online.
A Seaster, por meio de sua Diretoria de Qualificação Profissional e
Empreendedorismo, coordena um conjunto de ações que compõe o Programa de
Geração de Emprego e Renda, tendo em vista, também, a inclusão
socioeconômica. Fazem parte dessas ações o assessoramento técnico e
monitoramento de empreendimentos; o cadastro de empreendimentos individuais e
coletivos; o cadastro de artesãos; o apoio técnico em processos de formação e
formalização dos empreendimentos e a qualificação e capacitação no que diz
respeito à gestão. Além de acesso a linhas de créditos e apoio à abertura e
fortalecimento de mercados.
"O desemprego está em alta no País e as oportunidades não são
tantas. Então, é responsabilidade do Estado buscar soluções, criar
alternativas, ajudando a população não apenas a encontrar novos postos de
trabalho, mas oferecendo oportunidades dela empreender e se qualificar",
afirma o gestor da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e
Renda, Inocencio Gasparim.
Everson Costa, técnico do Dieese/PA, confirma que, nos dez primeiros
meses do ano, o Pará já gerou 32 mil postos de trabalho, e fica em terceiro
na geração de empregos formais entre todas as capitais do país. "Não
podemos esquecer que o Pará tem o melhor resultado entre os estados da região
Norte e os protocolos de segurança que o Estado adotou, logo no começo da
pandemia, deram um fôlego para essa retomada, então, a expectativa é que cada
vez mais tenhamos uma abertura maior da economia e, consequentemente, mais
pessoas chegarão ao mercado de trabalho", justifica.
Desempenho - Os dados sobre empregabilidade no Pará em outubro constam
na pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese/PA), realizada em parceria com a Seaster tendo como
base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Foram feitas 29.442 admissões contra 19.962 desligamentos naquele mês,
gerando um saldo positivo de 9.480 postos de trabalhos formais. No mesmo
período do ano passado, o Estado também apresentou crescimento, só que bem
menor que o verificado este ano. Naquela oportunidade, foram 24.558 admissões
contra 21.837 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.721
oportunidades.
Todos os setores econômicos apresentaram crescimento na geração dos
empregos formais, com destaque para o comércio, com a criação de 3.179 postos
de trabalho, seguido do setor serviços com a geração de 2.879 postos. Logo em
seguida, aparece a indústria, com a criação de 1.636 novas vagas, construção
civil com 1.346 postos de trabalhos, e setor agropecuário com a geração de
440 postos.
Entre todos os estados da região Norte, o Pará lidera a geração de
empregos com a criação de 9.480 postos de trabalhos, seguido do Amazonas com
a geração de 5.669 postos de trabalhos; Rondônia, com 1.635; Tocantins com
1.504 postos; Acre com 860; o Amapá, com a geração de 837 postos e Roraima,
com a criação de 673 novos empregos. Em todo o Norte, foram feitas 67.752
admissões contra 47.094 desligamentos em outubro, gerando saldo positivo de
20.658 postos de trabalhos formais.
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