A agência do Banco do
Brasil de Ourilândia do Norte está na
relação para ser desativada. Esta agência nunca deu prejuízo, sempre dando
lucro, com aproximadamente 4500 clientes pessoas físicas PF e quase 400
clientes pessoas jurídicas PJ, A agência conta com 03 funcionários, 02
vigilantes e 02 serventes da limpeza. A previsão de fechamento é para daqui 02
ou 03 meses e as contas serão transferidas para agência de Tucumã.
Mauri Presidente e Vicente Vice Presidente da AEON
Para Mauri Vandir Presidente da AEON Associação Empresarial de
Ourilândia do Norte – PA, sim, existe alguma forma de os
usuários e a população apoiarem a luta ou se manifestarem em relação a isso.
. A gente sempre divulga nossos atos, tem
muitas informações no site dos bancários; você que votou em um deputado
federal, vereador no prefeito, você pode entrar lá na rede social dele e dizer
'olha, espero que você defenda o BB porque ele é importante, é quem está
voltado para o desenvolvimento da região'; você pode entrar na rede social do
Fenaban [Federação Nacional dos Bancos], do próprio Banco do Brasil também e é
possível enviar e-mails cobrando a permanência da unidade na cidade.
Banco do Brasil vai desativar agências em cidades
do interior e demitir 5 mil
Sob Bolsonaro, reestruturação prevê fechamento de 361 unidades,
incluindo pequenas cidades que ficarão sem agência
Pedro Rafael Vilela
Brasil de Fato | Brasilia (DF)
Nova
"reestruturação" do Banco do Brasil deve fechar agências por todo o
país; populações do Nordeste e do Norte, onde a presença de bancos públicos é
maior, serão as mais impactadas com a interrupção de atendimento - Marcelo
Camargo / Agência Brasil
A reestruturação do Banco do Brasil, anunciada essa semana pela direção
da empresa, prevê o fechamento de agências em pequenos municípios do interior
do país, que terão atendimento presencial reduzido ou encerrado, incluindo
localidades que contam com uma incipiente cobertura bancária.
No comunicado enviado aos agentes de mercado e à imprensa, na última
segunda-feira (11), o banco estatal não informa oficialmente os detalhes de
onde ocorrerão as mudanças. Pelo que foi divulgado, serão encerradas 361
unidades, sendo 112 agências. Outras 243 agências serão rebaixadas à categoria
de postos de atendimento.
"As mudanças acontecem a partir de 22/02 e serão precedidas de
ampla comunicação aos clientes dessas agências em canais diversificados, como
SMS, aplicativo para celular, Internet Banking, terminais de autoatendimento,
além de correspondências, e-mail marketing e cartazes nas agências",
informou a assessoria do BB.
No Pará, um dos estados que mais
sofrem com a baixa cobertura bancária, o Brasil
de Fato apurou que ao menos 12 agências serão fechadas, incluindo em municípios
que só contam com uma unidade do BB e, no máximo, a presença de outro banco
concorrente.
"Se for olhar o mapa do Pará,
algumas são localidades mais isoladas mesmo, como Monte Dourado [região
noroeste]. Para a população se deslocar para ser atendida em outro município é
um transforno muito grande", aponta Tatiana Oliveira, presidente do Sindicato dos Bancários do Pará.
Além da agência em Monte Dourado, o BB deve encerrar as únicas agências
nos municípios de Ourém, Ourilândia do
Norte, Água Azul do Norte e Curuça. Em Curionópolis, região centro-leste do
estado, a única agência do banco público será transformada em posto de
antedimento, com redução drástica na prestação de serviços, segundo informações
extraoficiais repassadas por funcionários do BB.
As maiores cidades do estado, como Belém, Ananindeua, Marabá, Santarém,
Paraupebas, Altamira e Castanhal também terão agências desativadas. Na capital,
uma das agências mais antigas da cidade, localizada na Rua 15 de Novembro,
próxima ao tradicional Mercado Ver-o-Peso, deve ter suas atividades encerradas
ou reduzidas nos próximos meses. A decisão deve causar um forte impacto principalmente
para os pequenos comerciantes e ribeirinhos que se deslocam todo o dia para
vender seus produtos no mercado público.
"Normalmente, essa agência atende comunidades ribeirinhas que
atracam no Ver-o-Peso para vender seus produtos e muitas têm contas ali. O
fechamento dessa unidade vai dificultar o acesso dessas comunidades, vai gerar
um transtorno. São pessoas que já tem uma certa dificuldade de lidar com a
bancarização, porque a lógica do banco é sempre expulsar para os caixas
eletrônicos, e são pessoas também com nível de escolarização baixa, muitas são
analfabetas. Quem trabalha na agência que atende esse públco rotineiramente
conhece suas especificidades, sabe atender esse público e tem um
relacionamento", afirma Oliveira.
Transparência
Para representantes dos empregados do
Banco do Brasil, a empresa não está sendo transparente e os funcionários não
estão sendo devidamente informados da mudança. "O banco não está cumprindo
a lei de transparência. Eles dizem para os funcionários buscarem informações no
sistema interno, mas essa resposta não acontece", critica Carlos Eduardo
Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.
No estado, ainda não se sabe ao certo o número total de unidades que
serão afetadas pela reeestruturação, mas em algumas delas já é certa a mudança,
como a desativação da agência do banco em Santana do Cariri, única agência
bancária da cidade. O posto de atendimento do BB em General Sampaio, também no
Ceará, é outra unidade que deve encerrar suas atividades, um município de pouco
mais de 7 mil habitantes e que praticamente já não contava com cobertura
bancária.
"O que representa não ter uma
agência do BB é significativo, porque o crédito não vem do Bradesco, do Itaú,
do Santander. As operações de crédito da farmácia, do mercadinho, da agricultura familiar vêm do Banco do Brasil, dos
bancos públicos", aponta Bezerra.
Questionado pelo Brasil de Fato sobre os critérios adotados
para a desativação e reestruturação de unidades, o BB informou que foram
analisados temas como desempenho financeiro e potencial de negócios.
"O Banco avaliou suas unidades de negócios em relação ao desempenho
financeiro de cada ponto, o potencial de negócios, o volume de utilização do
ponto pelos clientes, a proximidade com outros pontos do BB e as
características dos imóveis. O resultado do estudo levou ao encerramento de
pontos, mudanças de tipologia e relocalizações de agências", diz, em nota,
a assessoria de comunicação do banco.
O texto informa que as mudanças envolvem adaptações na rede de
atendimento em 361 municípios.
"O BB manterá sua presença em todos eles, seja com outras unidades
próprias já existentes, em 221 municípios, seja com correspondentes bancários
'Mais BB', nos demais. O objetivo foi trazer mais eficiência à rede de
atendimento do Banco, propiciando recursos para abertura das unidades de
atendimento especializado e buscando melhorar a experiência do cliente",
afirmou a assessoria.
Desestruturação
O BB vem reduzindo sua presença
física desde 2017, ainda no governo Temer, quando mais de 550 agências foram
fechadas e 13 mil postos de trabalho desligados.
A nova reestruturação, agora sob o governo Bolsonaro, deve reduzir ainda
mais a cobertura bancária nas regiões que mais precisam, como Norte e Nordeste.
Os bancos públicos, como BB e Caixa Econômica Federal, cumprem uma
função social, por meio do fomento do desenvolvimento regional, por exemplo,
que não se verifica nos bancos privados - cuja atuação se dá exclusivamente em
áreas onde se pode lucrar. Isso explica, por exemplo, a baixa presença de
bancos privados nas regiões mais pobres e menos desenvolvidas do país.
Em estados como Roraima, Pará, Acre, Tocantins e Piauí, os bancos
públicos como Caixa e BB chegam a representar até 80% das agências. Dos 5.590
municípios brasileiros, 60% contam com agência bancária (3.365). Desse total,
950 são apenas de bancos públicos.