A mineradora multinacional Vale fechou o trimestre
com R$ 27,926 bilhões extraídos do Pará. Em apenas 90 dias, a poderosa empresa
privada produziu muito mais que todo o dinheiro que o governador Helder
Barbalho administra em um ano, como chefe do Executivo paraense. A
multinacional está presente no estado vestida como ela mesma, na razão social
de ser Vale SA., e personificada, também, na indumentária de Salobo Metais.
As informações foram levantadas pelo Blog do Zé
Dudu, que analisou dados finalizados em março e acumulados desde 1º de janeiro
deste ano, de autoria da Agência Nacional de Mineração (ANM). A Vale, como Vale
SA, faturou no Pará R$ 26,091 bilhões nos primeiros três meses do ano. Como
Salobo, mais R$ 1,835 bilhão. Em seu estado de origem, Minas Gerais, a Vale
faturou no mesmo período apenas R$ 6,125 bilhões.
Em nível municipal, a Vale retirou de Parauapebas,
em apenas três meses, a fortuna de R$ 14,558 bilhões (em minério de ferro e
manganês); de Canaã dos Carajás, R$ 11,44 bilhões (em minério de ferro e
cobre); e de Marabá, R$ 1,835 bilhão (em cobre).
A título de comparação, só o faturamento da Vale no
Pará já é equivalente a toda a produção mineral, de todas as empresas juntas,
de Minas Gerais. O estado do Sudeste produziu R$ 28,083 bilhões. Já o Pará
totalizou R$ 31,183 bilhões. Além da Vale, outras cinco mineradoras tiveram
produção expressiva no primeiro trimestre por aqui, com destaque para a
Mineração Paragominas (R$ 671,74 milhões), a Mineração Rio do Norte (R$ 385,16
milhões), a MM Gold (R$ 370,72 milhões), a F D’Gold (R$ 350,03 milhões) e a
Alcoa (R$ 281,86 milhões).
Recursos
valiosos
Nos primeiros três meses deste ano, o Pará rendeu
quatro commodities minerais bilionárias. O ferro é a principal delas, com
movimentação de R$ 25,167 bilhões. Em seguida vêm o cobre, com R$ 2,751
bilhões; o ouro, com R$ 1,526 bilhão; e o alumínio, com R$ 1,339 bilhão.
Correndo por fora, ainda tem o caulim, com R$ 162,61 milhões, e o manganês, que
tem perdido o prestígio de outrora, no valor de R$ 75,49 milhões.