Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília
Depois de abrir o dia em alta, o
dólar reverteu o movimento e encerrou a segunda-feira (19) no menor nível em um
mês, após o fechamento de um acordo sobre o Orçamento de 2021. A bolsa oscilou
ao longo da sessão, mas fechou em pequena baixa, em um dia de ajustes.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,551, com recuo de R$ 0,034
(-0,61%). A cotação chegou a R$ 5,62 na máxima do dia, por volta das 10h20, mas
passou a cair em meio a boas notícias internacionais e ao alívio com o acordo
sobre o veto parcial ao Orçamento.
Esta foi a quinta queda consecutiva da moeda norte-americana. O dólar está no
menor nível desde 23 de março (R$ 5,517) e acumula queda de 1,4% em abril.
O otimismo no mercado de câmbio não se refletiu na bolsa de valores. O índice
Ibovespa, da B3, fechou a segunda-feira aos 120.934 pontos, com recuo de 0,78%.
O indicador alternou altas e baixas, mas consolidou a tendência de queda na
hora final de negociação, em um movimento de realização de lucros, quando
investidores vendem ações para embolsar ganhos recentes.
O dólar caiu em todo o planeta, motivado pela expectativa de que o Federal
Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) não aumente os juros básicos da
maior economia do planeta antes de 2023. Taxas baixas estimulam aplicações em
mercados emergentes de maior risco, como o Brasil.
No cenário interno, o fechamento de um acordo entre a equipe econômica e o
Congresso Nacional para o veto parcial ao Orçamento de 2021. As emendas
parlamentares impositivas deverão ser mantidas em R$ 16,3 bilhões, cerca de R$
10 bilhões a menos que o valor aprovado. Em troca, o Congresso comprometeu-se a
aprovar um projeto de lei que flexibiliza regras para o enfrentamento à
pandemia de covid-19 e autoriza o Executivo a cortar por decreto gastos
discricionários (não obrigatórios).
*Com informações da Reuters
Edição: Nádia Franco