Governador Helder Barbalho aciona o Congresso Nacional sobre a redução nos recursos destinados ao fundos constitucionaisFoto: Marco Santos / Ag. Pará (Foto: )
O governador Helder
Barbalho enviou ofício, na tarde desta terça-feira (08), ao presidente do
Congresso Nacional, senador Rodrigo Otávio Pacheco, alertando a respeito da
Medida Provisória 1052/2021, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no
último dia 19 de maio, que altera regras dos fundos constitucionais de
financiamento e as taxas de administração das instituições que os gerem. O
chefe do Executivo estadual também enviou o documento aos três senadores do
Pará - Jader Barbalho (MDB), Zequinha Marinho (PSC) e Paulo Rocha (PT) -, e aos
17 deputados federais da bancada paraense, informando sobre suas preocupações a
respeito da MP que tramita no Congresso.
Atualmente, há três
Fundos Constitucionais de Financiamento que destinam recursos para o setor
produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de alguns municípios
dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. São eles: o Fundo
Constitucional de Financiamento do Norte (FNO); o Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE) e o Fundo Constitucional de Financiamento do
Centro-Oeste (FCO). Os fundos são operados por diferentes instituições
financeiras. Na região Norte, quem gerencia os recursos é o Banco da Amazônia
(Basa).
"Nesse
momento, eu estou enviando um ofício para o presidente do Congresso Nacional,
aos três senadores do Pará e aos 17 deputados federais alertando a respeito da
Medida Provisória 1052, que está tramitando no Congresso e traz preocupações
muito importantes a respeito dos fundos constitucionais. Como todos sabemos,
para a nossa região o FNO é absolutamente estratégico para atividades como a
agropecuária, e o Basa é quem o opera e tem um papel relevante na estrutura e,
acima de tudo, no incentivo às atividades produtivas no Pará e na nossa
região", informou o governador Helder Barbalho, em suas redes sociais.
Governador mostra preocupação com investimentos
principalmente na agropecuária
Redução - Por meio da
MP, o governo federal reduzirá, ano a ano, a taxa de administração das
instituições financeiras pela operacionalização dos fundos, chegando a 0,8% em
2023. Neste mesmo período, pelas regras vigentes, esse índice será de 1,5%. A
MP também permite que a União utilize recursos do Fundo no desenvolvimento de
projetos de concessão e de parcerias público-privadas.
"Essa Medida
Provisória nos traz uma preocupação enorme, seja a respeito da força e do
protagonismo do FNO, como também a possível fragilização do Banco da Amazônia.
Por isso, estou fazendo este ofício, demonstrando a preocupação e chamando a
atenção da nossa bancada e do Congresso Nacional para que não corramos o risco
de perder os fundos constitucionais, que são vitais para a economia dos estados
envolvidos e, principalmente, à força do Banco", finalizou Helder
Barbalho.
Após publicação, o
prazo de vigência da MP é de 60 dias, podendo ser prorrogado por igual período
caso não tenha sua votação concluída na Câmara dos Deputados e no Senado. Para
se converter em lei ordinária, no entanto, ela precisa da apreciação do
Congresso para seguir à sanção presidencial.
Por Barbara Brilhante (PGE)