Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília (Foto: )
O Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) teve lucro de R$ 8,467 bilhões em 2020. O valor representa queda
de 25,2% em relação ao lucro de 2019, que tinha somado R$ 11,324 bilhões. A
queda deve-se principalmente à pandemia de covid-19, que resultou em aumento do
desemprego e na realização de uma rodada de saque emergencial de até um salário mínimo por conta no
ano passado.
No ano passado, o FGTS teve receitas
de R$ 33,4 bilhões e despesas de R$ 25 bilhões. Os ativos consolidados somaram
R$ 33,4 bilhões e o patrimônio líquido (ativos menos as obrigações) atingiram
R$ 113,1 bilhões. O Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), que financia
projetos de infraestrutura, registrou patrimônio líquido de R$ 25,4 bilhões e
rentabilidade de 4,6%.
As contas e as demonstrações
financeiras de 2020 foram aprovados hoje (29) pelo Conselho Curador do FGTS,
órgão tripartite com representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do
governo. Parte do lucro do ano passado será distribuída nas contas de cada
trabalhador, mas a fatia a ser repassada só será definida na próxima reunião do
conselho, em julho.
Resoluções
O conselho curador aprovou mais duas
resoluções na reunião de hoje. O órgão estabeleceu as condições de renegociação
de dívidas com o extinto Banco Nacional de Habitação (BNH) e com o FGTS. A
aprovação da medida facilitará o enquadramento de garantias de devedores que
contraíram operações de crédito com recursos do FGTS e do BHN e tentam
renegociar os débitos.
Em outra resolução, o conselho
curador aprovou a manutenção dos certificados de regularidade e dos
parcelamentos já realizados por empresários que deixarem de depositar as
parcelas do FGTS com vencimento entre abril e julho deste ano. No início da
segunda onda da pandemia de covid-19, o governo editou a Medida Provisória 1.046/2021, que suspendeu o recolhimento das
contribuições do FGTS por quatro meses.
Edição: Fábio Massalli