Foto: Jader Paes / Ag.Pará (Foto: )
Nos últimos anos,
conquistar uma vaga no mercado de trabalho tem sido um grande desafio. Em meio
à concorrência e a soma das competências exigidas pelo empregador, o
trabalhador é atingido pelo contexto da crise econômica, principalmente aqueles
pertencentes a famílias de baixa renda. Apesar desse contexto ainda adverso, o
Pará tem apresentado resultados positivos na geração de postos de trabalhos no
mercado formal, em especial no setor do comércio.
Um estudo divulgado
pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos
(DIEESE no Pará) na última terça-feira (24), aponta que só no primeiro semestre
(Jan-Jun/2021) o estado já registrou mais de nove mil postos de trabalho no
setor comercial. Nos últimos 12 meses, o saldo também foi positivo no
comparativo entre admitidos e desligados (Jul/2020-Jun/2021), quando foram
feitas 100.194 admissões contra 74.071 desligamentos, gerando 26.123 novos
postos.
Estes resultados
obtidos pelo Pará são os maiores se comparados entre os demais estados da
Região Norte. Os dados foram elaborados pelo Dieese, em parceria com a
Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
(Seaster), com base em informações do novo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados – CAGED.
Foto: Jader Paes / Ag.ParáO balanço efetuado
pelo Departamento também apresenta resultados do mês de junho. Nesse período, o
estado registrou o ganho de 1.938 postos de trabalho no setor comércio. No
mesmo período do ano passado, a situação foi inversa, já que naquela
oportunidade foram realizadas 4.121 admissões, contra 4.767 desligamentos, o
que resultou em um saldo negativo de 646 postos de trabalhos. Ainda neste mês,
todos os estados da região Norte apresentaram crescimento em relação aos
empregos formais, mas o Pará (1.938 postos) se manteve em destaque, seguido do
Estado de Rondônia com a geração de 1.153 postos de trabalhos e Estado do
Amazonas com a geração de 937 postos de trabalhos.
Retomada econômica
O avanço da
vacinação no Pará, somada à eficiência da logística de entrega das doses de
imunizantes, tem contribuído não apenas para a saúde da população, mas também
para a retomada da economia local.
Segundo a Pesquisa
Mensal do Comércio (PMC), divulgada neste mês pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo cresceram 1,9% do mês de
maio para junho de 2021 no Pará, chegando ao terceiro mês de aumento
consecutivo no setor. A pesquisa do IBGE produz indicadores que permitem
acompanhar a evolução do comércio varejista brasileiro. Entre as 27 unidades da
federação, o Pará teve o terceiro melhor desempenho, ficando abaixo apenas do
Ceará (2,5%) e do Espírito Santo (2,2%). A partir desse resultado, o estado
acumula alta de 17,4% nos últimos 12 meses, ocupando a terceira melhor posição também nesse indicador.
O secretário de
Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Inocencio Gasparim,
afirma que o processo de retomada econômica tem ganhado celeridade, aliado a
uma série de políticas voltadas ao fomento e fortalecimento da economia,
fazendo com que o Pará norteie a geração de emprego, renda e desenvolvimento à
população.
“Temos reforçado
que o plano de retomada da economia - implantado pelo Governo do Estado - tem
se mantido com bastante cautela, cuidando principalmente da saúde da população.
Com a execução da vacina, nós temos observado resultados extremamente
positivos, entre eles o primeiro lugar no ranking de geração de empregos entre
os estados da região Norte. Por outro lado, o incentivo às atividades
produtivas, com redução de 90% de ICMS às empresas de transformação, e as ações
no sentido de prover recursos à economia, movimentam o comércio, o serviço e,
consequentemente, potencializam a contratação de trabalhadores. Temos fechado
muitas parcerias, em especial com as federações comerciais. Recentemente,
também reunimos com a Associação Paraense dos Supermercados (ASPAS) e a mesma
já sinalizou a adesão ao programa Primeiro Ofício, iniciativa que viabiliza a
inserção de jovens, em situação de vulnerabilidade, no mercado de trabalho.
Tudo isso é fruto da soma de esforços que a gestão tem assumido frente à
geração de emprego e renda, com um olhar atento a quem mais precisa”.
Por Camila Santos (SEASTER)